Como para a maior parte dos brasileiros o churrasco é lugar-comum, resolvi não escrever aqui sobre o prato tradicional uruguaio que é a parrilla. Tá certo que no deles os cortes tem nomes diferentes (costela é assado de tira, contra-filé é entrecorte, chorizo é a noss linguiça turbinada, etc.)
Enfim, um país que consegue exportar milhões de litros de uma cepa específica de uva e ser reconhecido pela alta qualidade de suas vinícolas, não dá pra não falar do famoso Tannat e identificar neste vinho o sabor do Uruguai.
No meu post sobre Montevidéo inclui uma parte com dicas para as visitas às Bodegas, que são bem organizadas e possuem visitação com degustação e, em algumas como na Bodega Bouza (foto), um almoço delicioso à beira da lareira e em um bistrô super contemporâneo. Quem quiser explorar melhor esse turismo enólogo, sugiro visitar o site http://www.uruguaywinetours.com/web.htm.
Segue aqui um pouquinho das informações sobre as Bodegas Uruguais e o famoso Tannat, fruto de várias pesquisas minhas a respeito.
Com uma localização privilegiada e na mesma latitude das melhores regiões vitinícolas da Argentina, Chile, África do Sul e Austrália, o cultivo de vinícolas no Uruguai teve início no final do século XIX com a chegada de bascos e franceses na região. Atribui-se a um representante desses imigrantes, Pascual Harriague, a introdução da variedade Tannat no país de mudas trazidas da Argentina e que hoje encontramos incorporadas a outras cepas como a Merlot, Cabernet Sauvignon e Pinot para a criação de vinhos mais complexos e premiados.
Hoje o Uruguai tem mais vinícolas Tannat que o lugar de origem desta cepa, Béarn. Suas vinícolas desenvolveram-se ao redor de Montevidéo, em Canelones, mas hoje expandiram-se para outras regiões do país. A partir de 1980, com a criação do Instituto Nacional de Vitinicultura o vinho uruguaio profissionalizou-se e ganhou espaço nas adegas de apreciadores da bebida.
O vinho Tannat tem forte presença de taninos, é encorpado e longevo, podendo ser guardado por até 4 anos em média. Combina bem com carnes (perfeita combinação com a parrilla de entrecôrte) e comidas com molhos fortes.
A seguir algumas das vinícolas reconhecidas deste país e seus melhores vinhos Tannat.
Ariano Hermanos, de 1927, seu tinto top é o Don Adélio Tannat Reserva.
Calvinor, tem vinhedos na divisa com o Brasil, possui varietais da Tannat e de outras uvas.
Carlos Pizzorno, é uma das bodegas mais conceituadas do país com vinhos como Don Próspero e Pizzorno Tinto Reserva.
Castel Pujol, outra casa de renome da tradicional família Carrau. Seu Amat é 100% Tannat envelhecido em barris de carvalho por 16 meses.
José Luiz Filgueiras, vinícola-boutique, seus melhores rótulos são da linha Filgueiras Premium.
Juanico, tradicional bodega uruguaia, hoje pertence à família Deicas e tem a marca Don Pascual com cortes de Tannat como o Preludio, o Tannat Roble e o Tannat Reserva. Estes eu provei em restaurantes em Montevidéo com o corte de Cabernet Franc e o Reserva, ambos muito bons e com preço atrativo.
Marichal y Hijos, pequena vinícola em Canelones, sua linha top é o Reserve Collection com um corte de Tannat e Pinot Noir.
Stagnari, outra empresa familiar com vinhos pretigiados com o rótulo de Viognier Selección e o Tannat Viejo.
Bodega Bouza, antiga vinícola comprada e modernizada há poucos anos, tornou-se uma vinícola-boutique e tem uma cepa numerada (06) cujo Tannat, envelhecido em roble francês, está sendo expressivamente premiado. Trouxe a minha garrafa da melhor colheita por razoáveis 780,00 pesos.
Hoje o Uruguai tem mais vinícolas Tannat que o lugar de origem desta cepa, Béarn. Suas vinícolas desenvolveram-se ao redor de Montevidéo, em Canelones, mas hoje expandiram-se para outras regiões do país. A partir de 1980, com a criação do Instituto Nacional de Vitinicultura o vinho uruguaio profissionalizou-se e ganhou espaço nas adegas de apreciadores da bebida.
O vinho Tannat tem forte presença de taninos, é encorpado e longevo, podendo ser guardado por até 4 anos em média. Combina bem com carnes (perfeita combinação com a parrilla de entrecôrte) e comidas com molhos fortes.
A seguir algumas das vinícolas reconhecidas deste país e seus melhores vinhos Tannat.
Ariano Hermanos, de 1927, seu tinto top é o Don Adélio Tannat Reserva.
Calvinor, tem vinhedos na divisa com o Brasil, possui varietais da Tannat e de outras uvas.
Carlos Pizzorno, é uma das bodegas mais conceituadas do país com vinhos como Don Próspero e Pizzorno Tinto Reserva.
Castel Pujol, outra casa de renome da tradicional família Carrau. Seu Amat é 100% Tannat envelhecido em barris de carvalho por 16 meses.
José Luiz Filgueiras, vinícola-boutique, seus melhores rótulos são da linha Filgueiras Premium.
Juanico, tradicional bodega uruguaia, hoje pertence à família Deicas e tem a marca Don Pascual com cortes de Tannat como o Preludio, o Tannat Roble e o Tannat Reserva. Estes eu provei em restaurantes em Montevidéo com o corte de Cabernet Franc e o Reserva, ambos muito bons e com preço atrativo.
Marichal y Hijos, pequena vinícola em Canelones, sua linha top é o Reserve Collection com um corte de Tannat e Pinot Noir.
Stagnari, outra empresa familiar com vinhos pretigiados com o rótulo de Viognier Selección e o Tannat Viejo.
Bodega Bouza, antiga vinícola comprada e modernizada há poucos anos, tornou-se uma vinícola-boutique e tem uma cepa numerada (06) cujo Tannat, envelhecido em roble francês, está sendo expressivamente premiado. Trouxe a minha garrafa da melhor colheita por razoáveis 780,00 pesos.
Tin tin!
Anna, muito boa sua matéria sobre a uva Tannat que produz vinhos que adoro, como é o caso do Bouza e H. Stagnari.
ResponderExcluir(Roberto Selva - facebook Roberto Selva Moreira)