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Santiago do Chile, Chile
Viajar é meu esporte favorito, mal chego e já estou planejando qual será o meu próximo destino. Depois de trabalhar por mais de uma década na gestão de marketing em uma multinacional em Floripa, e passar um ano sabático explorando novos sabores, culturas e lugares, vim morar em Santiago do Chile. Espero que minhas experiências sejam úteis e instiguem amigos e desconhecidos a desbravar novos e deliciosos destinos.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Refúgios da Serra Catarinense

Santa Catarina realmente é um Estado especial. Seu litoral entrecortado é belíssimo e, a poucas horas de praias especiais como o Rosa (http://viagemcomgosto.blogspot.com/2011/08/rustico-chique-praia-do-rosa.html) ou até mesmo Floripa (http://www.viagemcomgosto.blogspot.com.br/2011/12/verao-em-floripa.html), você encontra cidadezinhas rodeadas de cachoeiras, montanhas, vinícolas e muito natureza.
Já perambulei bastante pela Serra Catarinense (http://www.serracatarinse.com.br/), descobri trilhas, cânions, estradas de terra para um bom rally, degustei vinhos deliciosos, além de ter conhecido hospedagens charmosas e até requintadas. Para os turistas e moradores do litoral que ainda não descobriram as belas paisagens e curtiram o frio gostoso de nosso planalto à beira de um fogo de chão, vou publicar alguns posts com sugestões de roteiros deliciosos para finais de semana e feriados invernais.



Este primeiro é para curtir aqueles refúgios especiais em meio à bela natureza da serra, ideais para ir a dois.

Rio do Rastro Eco Resort (www.riodorastro.com.br/)

O resort exclusivo localizado logo acima da belíssima Serra do Rio do Rastro fica quase à beira do cânion, em uma propriedade muito bem cuidada. Suas poucas cabanas, equipadas com lareira e até jacuzzis, possuem mimos e conforto, além de serem muito aconchegantes e privativas. O serviço é atencioso e o proprietário, Sr. Ivan, uma simpatia.

Este Eco Resort, que faz parte da rede Roteiros de Charme, oferece vários passeios e atividades (são mais de 20 opções), como a cavalgada até o cânion, equipamentos de pesca para você fisgar as trutas que estão no lago junto às cabanas, trilhas, spa, uma boa videoteca e bliblioteca para as horas de ócio à beira da lareira, além de uma ótima adega e um bistrô com cardápio convidativo. A estrutura ainda conta com jacuzzi, sauna, academia e piscina térmica.



As refeições podem ser inclusas na diária (recomendo) e aos domingos há um delicioso brunch. Quem não puder se hospedar por lá, o bistrô é aberto ao público, aproveite para conhecer a propriedade e provar um dos deliciosos pratos.

Não perca na programação a noite do Fogo de Chão (foto) , com danças e os pratos típicos da região. Se você se animar, dá para  visitar também a belíssima vinícola Villa Francioni (www.villafrancioni.com.br/). O resort organiza o passeio, mas dá para ir tranquilamente com seu carro em um dos horários de visitação.

Estive por duas vezes hospedade neste resort e recomendo pagar um pouco mais para ficar nas cabanas com jacuzzi, e escolher um final de semana com lua cheia, pois vê-la no céu estrelado e refletida no lago é muito lindo.

Ah, são pet friendly, apesar de criarem cães na propriedade que mais parecem ursos de tão grandes e peludos! 

Para  chegar - se você ainda não está podendo chegar lá de helicóptero (há um heliponto), desça no aeroporto de Florianópolis e siga na BR 101 sentido sul até Tubarão e lá você entrará na rodovia estadual para Grão Pará, para subir a Serra do Rio do Rastro. São cerca de 3hrs de viagem.A entrada do resort fica logo em frente ao Mirante no topo da serra.


Estalagem Villa da Montanha (/estalagemvilladamontanha.com.br/)

Se as tarifas do eco resort estão muito salgadas para o seu bolso, a Villa da Montanha será uma ótima opção também. Aqui as cabanas de madeira em estilo canadense são super aconchegantes, com lareira e banheira,  possuem uma vista linda para mata de Araucárias e lago e, apesar de rústicas, são muito românticas com sua iluminação à luz de velas.

A proposta aqui é se desligar e curtir o campo, então nada de internet, televisão e até mesmo crianças. A propriedade é bastante semelhante à anterior, com trilhas na mata onde você escuta o canto do Trinca Ferro, cavalos Manga Larga para passeios, lago para pesca, além de outras atividades na região, como visitar produtores orgânicos, subir ao Morro do Campestre (foto) e explorar a região de Urubici com suas cachoeiras e atividades de aventura.

O bistrô, um pouco mais simples mas igualmente acolhedor, oferece um menu apenas para o jantar, contratado na sua reserva, e a cozinha fica à sua disposição caso queira se aventurar no fogão à lenha. Os proprietários, um casal simpático de paulistas, cuidam de todos os detalhes e recebem você com muito calor humano.

Também são pet friendly!

Como chegar: a Villa da Montanha fica no município de Urubici, a 200 Km de Floripa. Desde Florianópolis, pegue a BR101 sentido sul e, no município de Palhoça, o acesso à BR 282 em direção ao município de Santa Clara, em Bom Retiro. Neste ponto, pegue a SC 430 em direção à Urubici, são mais 24km passando pela bela Serra do Panelão e por vinhedos. Da cidade de Urubici são mais 10km até a pousada, na estrada que liga à Urupema.


Refúgio de Montanha Rio Canoas (www.riocanoas.com.br/  )

Esta deliciosa pousada fica próxima à Serra do Corvo Branco, também no município de Urubici e seu ponto alto é o entorno. São apenas 5 suítes com vista para a mata, além de uma área de biblioteca, sala de lareira e decks ao ar livre. Tudo muito simples mas de muito bom gosto. O bistrô serve o jantar incluído na diária e também lanches em outros horários. 

As atividades ficam por conta da Expedições Corvo Branco  que oferece diversas opções na região. Mas você também pode subir a pé ou de bike até o Cânion do Espraiado e fazer um delicioso piquenique lá em cima admirando o visual, acordar cedo e pegar o carro para subir até o Morro da Igreja (ponto mais alto do Estado) para admirar a famosa Pedra Furada, pescar lambaris nos rios da região, banhar-se no Rio Canoas e fazer diversas trilhas no Campo dos Padres.


Como chegar: o Refúgio também fica no município de Urubici, a 200 Km de Floripa. Desde Florianópolis, pegue a BR101 sentido sul e, no município de Palhoça, o acesso à BR 282 em direção ao município de Santa Clara, em Bom Retiro. Neste ponto, pegue a SC 430 em direção à Urubici, são mais 24km passando pela bela Serra do Panelão e por vinhedos. Da cidade de Urubici pegue a estrada SC 370 que leva ao Morro da Igreja/Serra do Corvo Branco e siga 22km de asfalto e mais 7km de estrada de terra. Há placa sinalizadora da pousada.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

New York Sexy

São muitos os guias e blogs com dicas de NYC. Não pretendo ser aqui nenhuma referência ou reproduzir a copilação dos demais, apenas sugerir um roteiro por esta cidade cosmopolita e sexy, a qual pude aproveitar na companhia de 3 ótimas amigas (nada sugestivo ao conhecido seriado que se passa na cidade).

O primeiro ponto, que me avisaram antes mesmo de embarcar, é não ir com muita expectativa na mala, principalmente se você já teve a oportunidade de conhecer outras capitais mundiais tão cosmopolitas ou charmosas como Paris, Londres, Barcelona e Milão... Não gosta de São Paulo? Então talvez eu sugira outro destino, pois nossa cultura super americanizada reproduz aqui muito da arquitetura e da vibe da Big Apple...

Mas, se o seu propósito é flanar pelas ruas, comer bem, frequentar baladinhas e bares super descolados, assistir a musicais, balés, shows de jazz e conferir de perto aqueles cenários que tanto vemos em filmes, NYC poderá ser uma boa surpresa. Antes de curtir um feriado prolongado por lá, fiz meu deveres de casa e li vários guias, as dicas do NY Times, acessei o blog do Ric Freire e tenho aqui as minhas impressões sobre algumas sugestões e a proposta de um roteiro, que não inclui compras, pois apesar de passar em algumas lojas, este não foi o objetivo da minha viagem.



Onde Ficar

Começa por aí o dilema. Fui na onda do Ric Freire e da Didi Wagner e reservei um hotel boutique, bem charmoso e equipado, no bairro que está na crista da onda - Chelsea. Realmente, fiquei a poucos passos do Highline Park e do delicioso Chelsea Market (foto), pertinho para ir andando às baladas e restaurantes descolados do Meatpacking, mas muito distante das principais atrações da cidade e fora de mão para dar aquela paradinha básica no meio do dia. Por isso, listo aqui a opção em Chelsea (para quem já conhece bem a cidade e quer curtir os novos points) mas a minha sugestão é que você escolha um bom hotel paralelo à 5th Avenue, de preferência acima da 42 Street e mais próximo do Central Park.

Times Square? Só se você adora a 25 de março, com aquela muvuca na rua, barulho e muitas lojinhas. Já não é o meu caso, que só andei na região da Broadway para chegar ao musical que escolhi. De qualquer forma, sugiro consultar as opções do booking.com e confiar nos reviews, que são sempre bem justos. Também achei o Soho muito distante de tudo, ficaria lá só se tivesse o objetivo de andar mais pelo bairro e não de rodar pelo restante da cidade.

Hilton New York- fica na Av. das Américas, paralela à 5th Avenue e a 5 quadras do Central Park. Ótima localização, uma cadeia de bons hotéis, com quartos espaçosos e preços razoáveis para um 4 estrelas na cidade. Na minha próxima estadia na cidade, certamente seria a minha primeira escolha (claro que se pudesse escolheria o Mandarin Oriental rsss).

Tutu Desmond Center Hotel - a antiga casa do arcebispo foi transformada em um hotel boutique com lareiras no pé da cama e todas as facilidades modernas, além de instalações renovadas e charmosas. Eleito um dos 10 melhores hotéis da cidade, tem bom custo-benefício, mas espere um hotel pequeno e com poucas áreas de lazer (na verdade, tirando o jardim, nenhuma outra). Foi este que fiquei, em Chelsea e ao lado do Highline Park (foto), muito bem avaliado no booking e do ladinho dos novos points da cidade. Para o café da manhã, escolha uma das muitas bakeries no Chelsea Market ou cafés franceses da região.

AKA Central Park - igualmente bem localizado, a uma quadra do Central Park e da 5th Avenue, este hotel contemporâneo tem quartos tipo apart hotel, com uma mini-cozinha e instalações luxuosas. No booking é classificado como fabuloso... mas prepare-se para tarifas salgadas.

The Standart New York - se você quer ficar no bairro do agito e em um hotel bem conceitual, é este. Arquitetura contemporânea, roofs e quartos com uma vista linda para o Hudson River, o Highline Park embaixo, baladas e restaurantes a poucos passos no Meatpacking.

Bryant Park Hotel - junto ao parque de mesmo nome, super bem localizado, este hotel cool com decoração minimalista tem quartos com pé direito duplo e muitas janelas com a vista linda para o verde ou skyline da cidade. Fica ali também o Koi, renomado restaurante japonês da cidade. Listado como fabuloso pelo booking, fica a 1 quadra da estação da 42street.

Eu poderia fazer uma lista interminável aqui, mas para isso existe o http://www.booking.com/, onde você escolhe por localização, avaliação de hóspedes, estrelas e valor de diárias. Se quiser bons reviews, as dicas da RG também são bem interessantes http://rg-ny.com/dicas/hoteis.htm.

Andando por lá

Não precisa se adiantar e comprar shuttle ou se preocupar com o traslado do aeroporto até o hotel. Se estiverem em pelo menos 3 pessoas, talvez o táxi seja a opção com melhor custo-benefício, caso contrário no desembarque há várias opções de traslado para a cidade com a faixa de preço em torno dos 15USD. Calcule pelo menos 1h para ir até a cidade e 1,5h para voltar ao aeroporto. Nem pense em se aventurar de ônibus... o trabalho e a distância não compensam.

Para circular pela cidade, o táxi é bem em conta. Da 5th até a 10th em Chelsea, eram menos de 10USD. Mas tenho que dizer que além do trânsito, os taxistas não são fáceis e muitas vezes eram vários os grupos de turistas nas esquinas concorrendo por um motorista que estivesse afim de fazer a corrida. Sim, isto mesmo, eles escolhem se querem levar você ou não... Por isso, a minha dica é usar o metrô quando não for necessário fazer muitas baldeações. Minha amiga Cris, que já estava na cidade fazendo curso há algumas semanas, baixou um aplicativo para iphone genial e me ensinou a utilizar - o NYC Submay da mxdata. Funciona offline, lá embaixo no túnel do metrô mesmo, e permite que você localize a estação mais próxima e trace a rota de estações e linhas até o seu destino. Além do mapa super fácil de entender... um achado!

Conhecendo NYC

Uma das melhores épocas para visitar a cidade é a primavera, a minha estação predileta, e você encontrará jardins de tulipas, cerejeiras em flor no Botanical Garden, além de temperaturas mais amenas. Se o objetivo é conferir a belíssima decoração natalina da cidade, a partir de novembro as vitrines e a cidade já estão decoradas, mas prepare-se para o frio. O verão tem muitas atividades e shows pela cidade, mas lá também faz bastante calor...

Eu fiquei apenas 6 dias na cidade e não parei, mesmo assim, faltou muito do que anotei para conhecer com calma, uma lista interminável de bons restaurantes para visitar, baladinhas para conhecer, passeios turísticos para repetir com mais tempo, enfim, se você programar mais dias na Big Apple, certamente não faltará o que fazer.

Pontos turísticos principais - bom, se você visitou as capitais européias, não vai achar nada de excepcional o prédio da NY Public Library (a terceira maior do país) na 5th avenue , ou a Grand Station, que fica ali pertinho (ambas na 42street), muita coisa perto das estações de trem européias.
Mas mesmo assim, vá conhecer. O Empire State é mais bonito se visto de longe e o Flatiron Building (todos na 5th avenue) tem um bar legal para você conhecer por dentro este prédio histórico em formato triangular. Há igrejas góticas bonitas no caminho, como a St. Patricks e, como você já percebeu, este percurso pode ser feito em um dia de bom tempo caminhando pela 5th Avenue e, boa idéia, parando no delicioso Eataly (eatalynyc.com) um mix de empório e restaurante italiano, para um almoço espetacular (dá para escolher só petiscos, restaurante de massas, restaurante de frutos do mar, cafeteria, confeitaria e sorveteria).

Mais ao sul de Manhattan, o Financial Distritc com o famoso touro de bronze (foto), o Battery Park de onde saem os ferries para a Estátua da Liberdade, o Píer 17 de onde é possível ver bem a Brooklyn Bridge ou, se você preferir, pode pegar um metrô até o bairro e voltar andando pela ponte de onde você terá uma bela vista da cidade (eu sugiro a noitinha se não estiver muito frio, para ver o skyline iluminado) e a Manhattan Bridge.


Skyline- para observar a  vista da cidade há os tradicionais pontos como o Rockfeller Center (Top of the Rock) e o Empire State, mas o primeiro tem menos fila e hora agendada (certifique-se de que o horário marcado está bom para você antes de emitir o bilhete). O melhor horário é o do crepúsculo, com o sol se pondo e a cidade ficando iluminada aos poucos. Mas além destes conhecidos pontos observatórios, há outras vistas igualmente lindas dos Rooftop Bars espalhados pela cidade como o Roof Garden Met (fica no 5° andar do museu, com uma vista linda do Central Park e uma ótima carta de martinis para um bom happy hour), Le Bain no Standart NY Hotel  no Meatpacking (eleito melhor rooftop bar pelo NY times) , o Press Lounge no Ink48 hotel, eleito um dos melhores da cidade e com uma vistar realmente belíssima.

Manhã no Central Park - foi o ponto alto da minha viagem, pedalar em uma manhã linda com as amigas foi realmente delicioso! Desça na estação de metrô de Columbus Circle (foto) e ali na entrada do parque há o aluguel oficial de bikes e muitas outras opções. Certifique-se de que a bike está em bom estado e pegue um mapinha, pois o parque é bastante grande (as bikes só circulam na via principal, nas demais é preciso empurrar). Minha sugestão - na entrada há um quiosque do Ferrara, indicado como o melhor NY Cheesecake, compre um potinho e vá fazer um piquenique na "praia" dos novaiorquinos que é o grande gramado no centro do parque.

Pelas ruas do Soho - é sem dúvida o bairro mais charmoso da cidade. Sábado suas ruas ficam super movimentadas com as exposições de artistas, barracas de artesanato e feirinhas. Além disso, há boas lojas e restaurantes para você incluir no roteiro. A maior concentração fica em torno da W Broadway entre a 6th e a 4th streets e a estação do metro é a Canal St. Sugiro que você conheça a MoMA Design Store, bem maior que a do próprio museu, não deixe de ir ao Balthazar ( balthazarny.com ) mesmo que seja para um café com sobremesa, páre para observar a exposição das barracas na rua com quadros, fotos, bijus e uma diversidade de cacarecos, e não deixe de comer os famosos waffles da Wafles & Diges (http://www.wafelsanddinges.com/), que são feitos em um caminhão parado na rua (qdo fui estava perto da Canal St Station) que são deliciosos.



Arte - há muitos museus na cidade, o de História Natural com os esqueletos de dinossauros, o MoMa que é um ícone da arte moderna (aproveite para um lanche ou almoço no café do 3° andar com vista para a praça das esculturas), o Metropolitan com suas imensas galerias que irão demandar muitas horas de visitação, o Lincon Center (foto) (www.lincolncenter.org/) onde há a famosa Jiulliard's School e salas de espetáculo com jazz, musical, ópera e outros shows (confira a programação do NY City Ballet, pois foi um programa inesquecível que fiz em NY). No Soho o Guggenhein com sua arquitetura premiada e o New Museum com arte do século 21, além de muitos outros. Uma lista bastante completa no http://rg-ny.com/agenda/museus.htm

Tourist Traps - pois é, toda cidade tem e segue a lista do que é dispensável como Chinatown (a menos que vc adore um falsificado), Little Italy (tirando o Ferrara, você verá o mesmo que no Bexiga, ou seja, poucos restaurantes italianos que valham a pena), visita à Estátua da Liberdade (longas filas, tempo perdido no ferry para subir em uma estátua que nem é tão magestosa quanto nosso Cristo Redentor) e o agendamento e filas de visitação do Marco Zero (além da cratera e dos prédios em construção, o parque em memória das vítimas não é nada espetacular).

Espetáculos - naturalmente, você vai escolher um dos muitos musicais da Broadway e da off-Broadway para assistir, pois é um programa obrigatório na cidade. Minha sugestão, se você não curte muito o estilo, vá ver Priscilla Queen Of The Desert. Ótima trilha sonora, cenografia bem bolada, figurinos hilários e uma interpretação imperdível e cômica. Cheguei super cansada no teatro e saí leve e refeita, então mesmo com uma agenda cheia, não deixe de conferir um dos muitos musicais disponíveis. O do Homem Aranha tem músicas compostas pelo U2 e está batendo todos os records de bilheteria, a Mary Popins e o Rei Leão recriam filmes infantis e ainda há em cartaz outros, como o recém lançado Ghost. Na off-broadway, produções um pouco mais simples e preços mais convidativos.

Falando em preços, no Playbill (http://www.playbill.com/) você se cadastra e imprime na hora o voucher com desconto para comprar os seus ingressos, além de ter as informações de dias e horários dos espetáculos. Inclusive, apesar de não estarem na cidade neste feriadão de maio, o Cirque du Soleil costuma ter programação também. Já falei antes e lembro aqui, não deixe de conferir também os eventos do Lincon Center, pois se houver Ópera ou o New York Ballet City, são espetáculos imperdíveis. Para conferir a agenda da cidade - http://rg-ny.com/agenda.htm

Roteiro Gastronômico - a lista de melhores restaurantes do NY Times, indicações de blogs como o Destemperados, além de guias como o da Didi Wagner são boas pedidas. Impossível conferir todos, mas seguem algumas sugestões de roteiro gastronômico na cidade. As reservas devem ser feitas, e mesmo assim tenha paciência para esperar um tempinho na área do bar. A minha sugestão é fazer no http://www.opentable.com/, que já informa os horários disponíveis, tem as informações do restaurante e até traz outras opções caso a sua escolha não esteja disponível.
Comece com o café da manhã no Chelsea Market (chelseamarket.com/), no Sarabeth's Bakery. Nos finais de semana fazem panquecas e waffles na hora, mas as delícias desta famosa e super charmosa padaria vão deixar você em dúvida do que escolher. Ali no próprio mercado há outras boas opções culinárias e os melhores cookies da cidade, prontinhos para levar para um lanche ou para presentear - Eleni's Cookies.

Se a opção for um brunch, o do Pastis (http://www.pastisny.com/), mesmo dono do Balthazar (balthazarny.com/) e bem ao estilo de brasserie francesa é muito bem recomendado e fica a poucas quadras no Meatpacking.  Este distrito possui várias ótimas opções para almoçar, como o Spice Market (www.spicemarketnewyork.com/), o Le Pain Quotidien para um lanche reforçado e neste bairro da moda há muitos lugares para jantar no estilo balada, como o Budakkan (www.buddakannyc.com/), um asiático super transado com um cardápio delicioso e uma decoração linda e o Catch (catchnewyorkcity.com/), onde o bar tem bastante agito e o restaurante envidraçado lembra um loft, além do lounge super frequentado no último andar (nome na lista). Estão aqui restaurantes bem recomendados como o  de massas e pizzas Serafina (www.serafinarestaurant.com/), que possui várias casas na cidade e inclusive em SP, e o mexicano Dos Caminos (www.doscaminos.com)  com filial no Soho. No mesmo estilo no Budakkan, com bar agitado e área de restaurante bem estilosa além de cardápio asiático (leia-se comida tailandesa, chinesa, vietnamita, etc) há o Taohttp://www.taorestaurant.com/), em Midtown, que também tem brunch aos finais de semana.

Existem muitos outros restaurantes bem avaliados, como o italiano Cipriani (www.cipriani.com/),  e passeios imperdíveis em mercados e empórios gastronômicos como o Eataly (eatalynyc.com/) do mesmo dono do famoso Babbo (http://www.babbonyc,.com/), a Megastore Eli's (http://www.elizabar.com/) do conhecido empresário gastronômico Eli Zabar, o orgânico Whole Foods Market (www.wholefoodsmarket.com/), e o Zabar's (http://www.zabars.com/), com várias lojas de comida judaica, Sem dúvida, você ficará como eu, perdida entre tantas opções. E o melhor a refeição, com vinho e sobremesa, não ultrapassava os 60 USD. Uma pechincha!

Para pesquisar restaurantes recomendados e tudo o mais, sugiro acessar o www.zagat.com/newyork além de consultar a lista dos melhores da http://www.nymag.com/ e do blog  RG http://rg-ny.com/dicas/listarestaurantes.htm, onde estão listados por bairro e com um breve review em português.

Comprinhas diferentes - ícone de compras na cidade, a Macy's tem mais de 100 anos e ocupa um quarteirão inteiro ali na 5th Avenue com a 34 street, mas esse tipo de dica, como a do outlet Woodbury em New Jersey, você encontrará facilmente em muitos blogs e guias. Sem dúvida, confesso que é dificílimo percorrer o Soho e a 5th Avenue sem entrar em algumas lojas, mas a minha dica aqui é para você explorar outras comprinhas na cidade. No site http://www.marketsofnewyork.com/ você irá encontrar a programação de feirinhas de rua com um artesanato que nada lembra aquele repetitivo que vemos nas cidades brasileiras, além de fleas  e foods markets pela cidade (pena que não deu tempo, adoraria ter ido conhecer alguns deles). Quer frequentar um shopping estiloso e diferente na cidade? O Limelight ( http://www.limelightshops.com/)  ocupa o prédio de uma igreja do século 19 com vitrais lindos, e tem lojas descoladas, além de ficar super à mão na Av. das Américas em Chelsea. Para quem tem um objetivo específico na lista de compras, consulte o guia de lojas para bebês e crianças http://rg-ny.com/dicas/bebes.htm e o de noivas http://rg-ny.com/dicas/noivas.htm (a lista é tão boa que deu até vontade de casar de vestido branco de novo!).

Baladinhas - NY é a cidade das baladas. Todos os dias da semana há algum lugar bombando. Mas a dica é chegar cedo, no máximo 23hrs, senão você além de pegar fila terá de convencer aos chatos "doormen" a deixar você entrar... Vamos a lista das melhores: Lavo (http://www.lavony.com/), com um lounge e restaurante na parte superior (dá para reservar) e a balada subterrânea que começa mais tarde; a 1oak (www.1oaknyc.com/) considerada uma das melhores, no Meatpacking, o Cielo Club (http://www.cieloclub.com/)  no mesmo bairro, e a Kiss and Fly (http://www.kissandflyclub.com/) que possui filial no Brasil, ali pertinho também.  Precisando de mais inspiração? Confira uma lista e a programação completa no site http://www.clubplanet.com/US/New-York.

Outros programas - o Brooklyn está em alta, com muitos bares, restaurantes em Williamsburg (http://www.nycgo.com/slideshows/must-see-williamsburg/1), a região de Dumbo junto à ponte que permite uma bela vista de Manhattan, além do Botanical Garden. Mas confesso que não deu tempo de perambular por lá. Também não consegui ir a nenhum missa gospel no Harlem e só peguei um pedacinho do show no renomado bar de jazz Blue Note (bluenote.net/). Mas se você tiver mais tempo na Big Apple, não deixe de se programar para curtir esses programas bem novaiorquinos.

Onde pesquisar mais sobre a cidade: http://www.nycgo.com/#br  e  http://www.notfortourists.com/NewYork.aspx.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Ragú do Eataly

Não faltaram restaurantes nesta última viagem à NYC. Aliás, a minha lista tinha inúmeros e não preciso dizer que por mais que tenha me esforçado, não consegui conhecer mais do que 14 deles. Todos deliciosos e com ambientes e cardápios convidativos cujas dicas virão no próximo post.
Mas foi o prato do Eataly (eatalyny.com), uma combinação de empório, restaurantes, café, sorveteria e confeitaria onde provei a melhor massa que comi nos últimos tempos. O Ragú de Carne com Tagliatelle foi o prato que marcou esta viagem a despeito de todas as outras delícias que provei nos restaurantes asiáticos, franceses e contemporâneos que visitei.

Como trouxe uma panela super especial na mala e temperinhos diversos do Eataly, naturalmente fui inaugurá-la com esta receita na tentativa de reproduzir o sabor deste prato tradicional da culinária italiana. O Ragú nasceu francês com o nome de ragoût e, não, não se parece em nada com o molho a bolonhesa que conhecemos no Brasil, pois na Itália são cozidos lentamente no vinho os cortes de carnes e embutidos (alguns lugares usam somente linguiças).

Pesquisei várias receitas e segue a que fiz em casa (foto abaixo), bastante fácil apesar de demorada no preparo.

Ragú de Carne com Tagliatelle


500 grs de carne vermelha picada na ponta da faca (não vale usar carne moída) - pode ser músculo se quiser que a carne desfie, alcatra, patinho ou até mesmo vitela se quiser um prato mais refinado.
1 cebola média cortada bem fininha
100 grs de bacon em cubos
1 talo de salsão picado e cenoura cortada em cubos.
1 taça de vinho tinto de boa qualidade
2 latas de tomate italiano
1 lata pequena de extrato de tomate
pimenta calabresa ou preta moídas na hora
sal a gosto



Refogue a cebola com um pouco de azeite em uma panela de fundo grosso (de preferência de ferro), adicione o bacon e a carne e deixe dourar. Acrescente o vinho, espere evaporar, mexendo sempre e depois coloque as verduras, latas de tomate e de extrato e deixe cozinhar em fogo lento por 2hrs até a carne praticamente desfiar. Moa a pimenta, coloque sal e deixe o molho apurar (engrossar).
Sirva sobre uma massa de Tagliatelle cozida al dente.


Buon Appetito!


terça-feira, 17 de abril de 2012

Aventuras em Pucón

Pucón fica na região dos lagos andinos, ao sul do Chile, e é conhecida como destino de aventura no país. Frequentada por famílias abastadas no verão, que transformam o lago Villarica em um balneário, e por esquiadores no inverno que aproveitam as encostas do vulcão de mesmo nome, este pequeno vilarejo é um charme e fica rodeado de parques, corredeiras, águas termais e muita natureza.

Aproveitei uma semana nesta região e escrevo aqui algumas sugestões para aqueles que pretendem explorar algumas das muitas opções esportivas e de lazer que este destino proporciona. É uma viagem para se fazer a dois ou com uma  turma de amigos destemidos, que têm desde a opção de escalar um dos poucos vulcões ainda ativos, até descer as corredeiras nervosas em canoas ou botes. Para os casais, chalés charmosos com lareira, caiaques para voltas no lago, termas deliciosas para se recuperar depois das trilhas nos belíssimos parques nacionais.

Como Chegar

Pucón fica a 780km da capital de Santiago. Há vôos diretos para lá pelas companhias Sky Airline (www.skyairline.cl/) e LAN (http://www.lan.com/) e também ônibus leito super confortáveis que viajam à noite e são uma boa alternativa. Não viajei de carro pelas estradas chilenas, mas amigos que moraram por lá disseram que é bem tranquilo, apesar de serem 8hrs de viagem. Se optar por alugar um carro para rodar, escolha um 4x4 pois são muitas as estradas de terra dentro dos parques.

Onde Ficar

A cidade tem uma oferta enorme de chalés, aparts, pousadas e hotéis. Eu recomendo ficar mais próximo do centrinho, para poder perambular pelas ruas e restaurantes e pesquisar com calma nas muitas agências de aventura quais roteiros fazer. O táxi não costuma ser muito em conta, mas se você estiver de carro alugado, terá mais alternativas. Seguem algumas boas sugestões:

Hotel Antumalal (http://www.antumalal.com/): em uma construção contemporânea debruçada sobre a encosta e com belíssima vista, este hotel está listado como Great Escapes South America e World's Greatest Hotels e eleito um dos melhores do país. Poucas suítes, serviço de primeira e um restaurante premiado completam o cenário belíssimo que as suítes oferecem do lago e do entorno.

Grand Hotel (www.pucon.com/granhotel): super tradicional e mais antigo, fica na beira do lago e bem localizado, a poucos metros de restaurantes e do centrinho da cidade. Foi aqui que Dicaprio e Giselle se hospedaram quando visitaram Pucón para um final de semana romântico e este hotel tem uma super infra, com spa, piscinas aquecidas e quartos espaçosos com vista para o lago ou o vulcão.

Hotel e Cabanas Monte Verde (www.monteverdepucon.cl/): cabanas equipadas e charmosas ou suítes no pequeno hotel boutique que é descrito pelo Frommers com um hotel com um design de bom gosto e serviço atencioso. Foi aqui que me hospedei e adorei o tratamento. O único porém é que precisará de carro ou táxi para ir até a cidade que fica há 6km.

O que fazer

Atividades não irão faltar. Se você é aventureiro, desde escaladas até corredeiras de grau 6, trilhas de bike, canoagem no lago e, se for inverno, diferentes pistas de esqui na encosta do vulcão. Para quem quer mais sossego, pescaria de trutas, trilhas de jipe para percorrer os parques nacionais, termas para se esbaldar, restaurantes e belas vistas. Confira algumas sugestões:

Escalada no vulcão: são muitas as oficinas de turismo que organizam os grupos para subir até a cratera ativa do vulcão Villarica. O tempo tem de estar bom e você preparado para uma boa caminhada que, apesar de não ser perigosa, recentemente teve como vítimas alguns turistas. As roupas e sapatos especiais são fornecidos pelas próprias empresas que organizam o tour. Se você não faz questão de subir até a cratera, dá para fazer um passeio e curtir a vista lá de cima utilizando somente o teleférico. Vale a pena.

Esquiar: os táxis ou transporte levam você até um ponto do vulcão para pegar o teleférico e curtir as pistas que descem a encosta, além da belíssima vista do lago e dos parques que o rodeiam. Informações: www.chileanski.com/por/pucon

Tour nos parques nacionais: também organzidos pelas agências locais, levam você de 4x4 para conhecer o Parque Nacional Huerquehue ou o de Villarica, com as famosas corredeiras do rio Trancura, visitar outros lagos andinos na região, conhecer a área devastada pela lava do vulcão há poucas décadas e onde hoje brotam milhares de pequenas orquídeas amarelas, fazer trekking e escaladas, ou até mesmo cavalgadas.

Atividades aquáticas: no verão, na beira do lago Villarica, há caiaques e botes de aluguel, para passeios e pesca. Nos rios locais, a possibilidade de rafting e mais aventura. Também organizam a flying fishing para capturar as belas trutas que povoam os rios que cortam os parques.

Termas: de águas vulcânicas, são muitas nas proximidades de Pucón, com mais infraestrutura ou até mesmo bem rústicas com piscinas de pedras construídas no meio da mata. Eu fui da de Huife (www.termashuife.com/), que tem no centrinho da cidade um posto de vendas e oferece o traslado. São várias piscinas na beira do rio, em uma região super bonita, e há até hospedagem se você se animar a ficar por lá. Ideal para um dia bem frio.
Rodando de Bike: na cidade também há vários lugares para alugar a bike e sair rodando pelas estradinhas e trilhas mapeadas. Uma boa opção para quem não quer tanta aventura, mas quer fazer o seu roteiro com calma, curtir as belas paisagens e estarrar-se na beira dos rios para um banho de sol ou piquenique.

Para mais informações sobre o destino e tours: //www.puconchile.com/en/

Boa Aventura!

terça-feira, 10 de abril de 2012

Carmenère Chileno

O blogger mudou seu programa e este post, já publicado há algum tempo simplesmente desapareceu, juntamente com o de Pucón que estava prontinho para ir ao ar... paciência!

Nas minhas andanças pelo Chile provei pratos típicos, a deliciosa Ceulla no Mercado Público, o tradicional salmão nas região dos lagos andinos, mas como amante de vinhos, o que marcou mesmo foi o vinho chileno, em especial o Carmenère.

Este varietal chileno tem sua origem nos vales do Medóc, na região de Bordeaux, mas no final do século XIX esses parrerais foram dizimados pela praga da Phlylloxera e, aquelas mudas trazidas por engano para as vinícolas chilenas, foram as únicas que resistiram. Hoje o Chile é reconhecido pela qualidade de seus vinhos e o Carmnerère já ganhou o selo de vinho nacional.


Mais leve que o Sauvignon, de cor vermelha lilás e com toques de frutas vermelhas, o Carmenère é um vinho de corpo médio e que se bebe jovem, harmonizando bem com carnes vermelhas e de caça, além de massas. São muitos os rótulos premiados no Chile, mas escolhi uma vinícola que além de estar no Vale de Colchagua, tem sua produção baseada em princípios que valorizo bastante, como o de agricultura orgânica e biodinâmica.

Trata-se da Emiliana (http://www.emiliana.cl/), que recebeu o Green Awards 2012 da revista londrina The Drink Business e tem o seu Carmenère - Emiliana Adobe Reserva (http://www.emiliana.cl/our-wines/organics/adobe/carmenere/) muito bem avaliando por revistas especializadas. Com produção 100% sustentável, a vinícola utiliza compostagem, calendário biodinâmico, geração eólica de energia, uso de técnicas naturais para controle de pragas, sem defensivos agrícolas e produtos químicos, além de estarem comprometidos com responsabilidade social e apoio comunitário.


Este vinho orgânico, produzido nos vinhedos de "Los Robles" com 292 hectares no Vale de Colchagua, está classificado pela empresa como um de seus vinhos "notáveis", premiado com medalha de prata no concurso mundial de Bruxelas, e tem um excelente custo-benefício, com preço no Brasil em torno de USD 20,00. Envelhecido por 6 meses em carvalho francês, tem notas de cerejas com o toque spicy da pimenta preta, sendo 85% de cepa Carmenère e 15% de Syrah.


No meu post sobre Santiagohttp://www.viagemcomgosto.blogspot.com.br/2012/04/feriadao-em-santiago-do-chile.html ) eu sugiro um dia de tour pelas vinícolas da região e uma ótima pedida é conhecer um dos muitos wine tours que a Emiliana organiza, como este para conhecer a sua produção orgânica, os almoços preparados no meio dos parrerais (necessita reserva), piqueniques com produtos orgânicos de ótima qualidade e os deliciosios vinhos, além de oferecer diferentes tipos de degustação que combinam inclusive duas delícias - chocolates de ótima qualidade e os vinhos da propriedade. Todas as informações estão no site http://www.emiliana.cl/wine-tour/.

Para aqueles que se interessarem em provar o vinho, este pode ser comprado via internet no site http://www.vinomundi.com.br/emiliana-adobe-reserva-carmenere-2010.html.





segunda-feira, 2 de abril de 2012

Feriadão em Santiago do Chile



Tenho que confessar que estive no Chile em uma longa viagem, e voltei agora para morar. Na última semana vendo as tarifas super promocionais da LAN, decidi escrever sobre este destino e suas deliciosas descobertas, pois certamente vale a pena incluí-lo no seu livro de viagens. Este post é para quem visita o Chile pela primeira vez, em breve escreverei a versão para os iniciados...

Como chegar

O ponto de chegada é sempre Santiago do Chile que fica em média a 3,5hrs de vôo de São Paulo. O grande aeroporto internacional fica um pouco afastado da cidade, as filas de imigração são bem organizadas (primeira vez que vi os labradores correndo por entre as pessoas) e felizmente os brasileiros só precisam de uma carteira de identidade em boas condições e atualizada (no máximo 5 anos).

Do aeroporto mesmo você pode contratar o serviço de van para levá-lo até o seu hotel, juntamente com outros passageiros, ou investir um pouco mais em um táxi.

Importante lembrar que a moeda chilena é o peso chileno, mas a inflação lá incluiu vários zeros e qualquer quantia retirada das ATM's implica em um bolo de notas. A cotação também é mais cara que a de países vizinhos como Argentina e Uruguai.

Onde Ficar

Vou sugerir alguns hotéis com base em pesquisas recentes, já que estive na cidade no final de 2005 e sei que desde lá muitas outras boas opções apareceram. O mais importante é escolher a localização e estar perto do metrô, que é muito seguro e organizado e facilita o seu deslocamento pela cidade. Indicaram a nova região da cidade que Las Condes como uma opção de localização, seguem algumas sugestões:

Radisson - um 5 estrelas bem tradicional, normalmente encontrado nos pacotes de turismo.Bem recomendado no booking.com fica na região de Las Condes e as tarifas ficam em torno de USD 180,00.

Hotel W - outro 5 estrelas bem avaliado pelos hóspedes e nesta região mais moderna da cidade que é Las Condes. Aqui há bar e restaurantes bons de serem frequentados e quartos bem contemporâneos.

Mito Casa Hotel (http://www.hotelmito.cl/)- se você quer fugir das grandes redes de hotel e ficar em uma região mais residencial como a de Providência, este pequeno hotel boutique que ocupa 17 quartos de um prédio art-déco dos anos 30 está muito bem avaliado (nota 9,2) pelos hóspedes e as diárias ficam desde USD 85,00 a USD 155,00 no charmoso e amplo loft com vista para a cordilheira.

Boulevard Suites - no mesmo complexo do shopping Arauco, este hotel além de moderno e 5 estrelas, tem apartamentos com sala, cozinha e até 2 quartos. A localização excelente, próximo ao metrô, e a avaliação de fantástico pelos hóspedes o transformam em um ótimo custo-benefício com a suíte de 70m² equipada com preço de USD 180,00. 

Roteiro de 3 dias por Santiago

Como a maioria das pessoas acaba destinando um feriadão para conhecer a cidade, resolvi detalhar um roteiro com base na minha experiência na cidade, que fica aos pés da Cordilheira dos Andes e foi fundada em 1541 e hoje é uma das maiores cidades da América Latina com mais de 5 milhões de habitantes. No verão o clima quente, com pouca chuva, faz com que a barreira de montanhas às vezes transforme a cidade em um forno, mas no inverno e outono apesar de não nevar na cidade, você poderá ver os picos nevados e arriscar umas aulas de ski em uma das estações que ficam próximas.

Dia 01 - comece o seu tour pela cidade antiga, começando pela Catedral e sua praça. A poucos passos você encontrará outros prédios históricos como a Plaza de Armas com o Museo Histórico Nacional e o Palácio de La Moneda onde fica o Governo. Não muito longe dali está o Museo Chileno de Arte Pre Colombiana que vale sim a pena visitar e depois fazer um lanche-almoço no café que fica no patio interno.

Reserve a tarde para ir ao Cerro Santa Lucia, uma pequena elevação no centro da cidade, coberto de jardins, passeios e fontes e você poderá passear gratuitamente por eles mirando a cidade. A estação Santa Lúcia do metrô tem nesta região lojas de artesanato (inclusive uma feirinha no próprio Cerro). O caminho a pé na beira do canal que corta a cidade também é muito gostoso para ver o movimento da cidade.

Para jantar, que tal começar com um restaurante bem tradicional, o Bistrol (http://www.plazasanfrancisco.cl/portuguese/bristol-restaurant/)  que fica no hotel Plaza São Francisco e serve uma culinária chilena refinada. Se a opção for por pratos de frutos do mar, bem típicos na cidade devido a proximidade com o Pacífico, a sugestão é Aquí Está Coco (www.aquiestacoco.clum restaurante charmoso e decorado com motivos marítimos e com o cardápio recheado de boas opções.
  
Dia 02 - ir a Santiago e não conhecer nada de Neruda é uma pena. Então comece o dia visitando a La Chascona, o museu (foto) deste reconhecido poeta chileno. A Fundação Neruda (Rua Marquez de La Plata 0192) organiza as visitas ao museu. Depois migre para o Mercado Central (cuidado com roubos na região, vá de táxi) para ver de perto toda a sorte de frutos do mar pescados nas águas gélidas do pacífico. Você irá notar que o restaurante Don Augusto domina todas as mesas ali, mas o casal Augusto e Glady está há 48 anos no local e têm um bom renome. Não deixe de provar um ceviche (diferente do peruano) e a estranha Ceulla, um caranguejo enorme com uma carne deliciosa!

Vá curtir a tarde e o pôr do sol com o visual da cordilheira dos Andes no Cerro San Cristóbal que fica no parque metropolitano e tem 880 metros de altura. Suba de funicular e desça de teleférico para ter todas as vistas da cidade. Neste parque há o jardim botânico, uma enoteca e o Museu do Vinho. Perfeito para um piquenique com um bom vinho!

À noite sugiro você conhecer outros restaurantes que listo mais adiante ou aproveitar um delicioso pisco sour (prefiro a versão chilena) em um dos muitos barzinhos charmosos da região da Bela Vista.

Dia 03 - Vinícolas ou neve? Vai depender da época do ano que você for ou o maior interesse. Eu fui conhecer as estações de esqui de Farerroles e Vale Nevado e pela primeira vez vi neve e adorei. Mas hoje se fosse voltar para lá, certamente escolheria conhecer as vinícolas. Descrevo aqui as duas opções:

Roteiro pelas vinícolas chilenas (por Margarete Magalhães): 

O mais difícil é decidir qual bodega visitar em meio a uma ampla oferta de vinícolas chilenas, mas alguns critérios podem ser adotados: distância de Santiago; apreço por vinho tinto ou branco; busca de uma bodega portentosa ou de uma antigona; gosto por uma das marcas consumidas no Brasil, como Concha y Toro, Santa Helena, Almaviva, Undurraga e Morandé.

As vinícolas mais próximas, a cerca de três horas de carro, ficam nos vales Central e do Aconcágua, ao sul e ao norte da capital respectivamente. O vale Central reúne os vales de Maipo, Rapel, Curicó e Maule. Dentro do Rapel, há outra área famosa, o vale do Colchagua (a 180 km da capital). Rumo ao norte, o vale do Aconcágua subdivide-se em Casablanca e Aconcágua.

Outro critério na hora de definir um circuito de enoturismo é optar por uma rota mais tradicional ou por uma mais nova --ou ambas para ver a diferença. Para quem está atrás da primeira opção, tanto Maipo quanto Colchagua (www.colchaguavalley.cl) congregam as bodegas mais antigas do país, muitas do século 19. A Cousiño Macul (www.cousinomacul.cl), em Maipo, é a mais antiga do Chile, de 1856. Maipo também tem vinhas tradicionais, como a Undurraga (www.undurraga.cl), de 1885, e a Concha y Toro (www.conchaytoro.cl), de 1883.

Nesse caso, o critério distância pode se aliar ao de preferência da marca. A Concha y Toro --embora tenha vinhas não apenas em Maipo mas também em Colchagua e Casablanca-- recebe turistas para visitação a 30 km de Santiago, em Pirque. Em Colchagua, a Casa Silva (www.casasilva.cl) é a mais antiga do vale, e a Viu Manent (www.viumanent.cl) fica numa vila espanhola com um jardim no meio. Turistas podem fazer um passeio de charrete pelas vinhas, enquanto o guia passa as explicações.

Já quem procura plantações recentes, deve ir para um dos vales da moda, o de Casablanca, a 80 km de Santiago, que fica no vale de Aconcágua. Deve-se tomar a rota 68, estrada que leva ao balneário de Viña del Mar.


Eu incluo aqui as minhas sugestões de um passseio pelas vinícolas. Apesar da maioria dos hotéis ter agências que organizam tours de um dia para algumas das vinícolas que estão ao redor da cidade, especialmente a Concha Y Toro, a minha sugestão é de que você alugue um carro e faça o seu tour. Aproveite as novas vinícolas no caminho de Viñas del Mar na Rota 68, onde há um restaurante super gostoso para almoçar o House of Morande (http://www.houseofmorande.cl/), que fica na víncola de mesmo nome e foi muito bem indicado, e quem sabe você até curte um final de tarde nas encostas charmosas de Vinãs del Mar (100km de distância de Santiago) apreciando o pôr do sol no Pacífico.

Roteiro na Cordilheira dos Andes:


Se você ainda não esteve nos Andes e gostaria de ver neve, este é um ótimo passeio durante a sua estadia em Santiago. El Colorado, Farellones e o Vale Nevado ficam a 56 milhas da capital, uma boa parte do caminho é por uma freeway bem sinalizada e depois um caminho tortuoso que coloca a nossa Serra do Rio do Rastro no chinelo! Se estiver nevando, o seu carro deverá estar equipado com correntes e você precisa se informar se a estrada estará aberta para subir.



Este tipo de passeio dá pra ir e voltar no mesmo dia. No complexo do Valle Nevado há restauanres e cafés e você pode até arriscar uma aulinha de ski (alugam equipamentos e roupas lá). Se escolher ir com um tour fechado, o hotel deve indicar quem organiza.

Na volta do passeio note um shopping na freeway que é uma perdição para os esportistas, só com lojas e atividades dedicadas aos mais diferentes tipos de esporte - o Mallsport (http://www.mallsport.cl/). Um parque de diversão para adultos...

Mas se o seu foco não são os equipamentos esportivos, na região de Las Condes há muitos cafés, movimento de gente bonita e hype e dois outros grandes shoppings como o Parque Arauco (www.parquearauco.cl/turists/por/) e  o Alto Las Condes (se bem que quando fui não achei os preços exatamente uma pechincha). No Parque Arauco há um boulevar bem gostoso para passear e comer algo ao ar livre.

Caso queira contratar algum tour quando estiver na cidade, veja no link www.santiagodechile.com/excursiones_3.html



Onde Comer

Aqui recorri a um amigo que morou alguns anos na cidade e ele, por sua vez, consultou sua rede chilena para atualizar aqui boas dicas de gastronomia pela cidade. Valeu Carlos!

- Italianos: Nolita (na rua Isidora Goyenechea, em Las Condes), Da Carla (na avenida Nueva Costanera, em Vitacura), Senso (do Hotel Hyatt, que fica na Av. Presidente Kennedy, perto do Mall Parque Arauco), Piegari (no Hotel NOI).
- Pizzaria informal: Tiramisú (na rua Isidora Goyenechea - e tem um tiramisú maravilhoso!)
- Indiano: Hotel Majestic, o melhor da cidade e um ambiente bem charmoso (neste estive)
- Peruano: Astrid y Gastón (em Providencia, famoso e um pouco caro), El Otro Sitio (no belo complexo Borderío, em Vitacura, um grupo de restaurantes à beira do Rio Mapocho)
- Marroquino: Zanzibar (no Borderío - vale muito comer na terraça ao ar livre quando o tempo está agradável!)
- Patagónico: El Rincón Patagónico (em La Dehesa, comuna mais perto da cordilheira - o cordero al palo é sensacional, fica horas na fogueira baixa) 
- Neozelandês: Akarana (fica bem perto do Hotel Ritz, em Las Condes, entre a Avenida Apoquindo e a Isidora Goyenechea)
- Tailandês: Anakena (do Hyatt - sensacional)
- Francês: La Petite France (fica longe, no Cajón de Maipo, um passeio a uma hora de Santiago, tem ótimos menus no fim de semana)
- Japa: Matsuri (do Hyatt)
- Pescado: Como Agua para Chocolate (fica em Bellavista e tem um astral bem legal)
- Internacional: Europeo (um pouco caro, fica na Alonso de Cordova)
- Peruano: La Mar (em Vitacura, filial da cada de Lima)
- Japa: parece que o melhor de todos hoje é o Osaka (Hotel W)
- Bares: o do hotel W, o do hotel NOI
- Casual: Coquinaria (hotel W)
- Internacional: Opera, NOI Restaurante (Hotel NOI)

Divirtam-se!