Quem sou eu

Minha foto
Santiago do Chile, Chile
Viajar é meu esporte favorito, mal chego e já estou planejando qual será o meu próximo destino. Depois de trabalhar por mais de uma década na gestão de marketing em uma multinacional em Floripa, e passar um ano sabático explorando novos sabores, culturas e lugares, vim morar em Santiago do Chile. Espero que minhas experiências sejam úteis e instiguem amigos e desconhecidos a desbravar novos e deliciosos destinos.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Verão em Floripa

Como os amigos de fora estão sempre pedindo dicas para curtir bem a temporada aqui na ilha, este último post do ano (antes de rápidas férias e mais uma viagem) tem como objetivo registrar apenas um pout pourri de sugestões para quem está programando passar uns dias de verão por aqui. Prometo, com mais tempo, fazer um verdadeiro roteiro de passeios em Floripa, para quem quer curtir de verdade esse pedacinho do paraíso (a melhor época é março/abril).

Se você está disposto a vir nas semanas mais lotadas da temporada como Natal, Reveillón e Carnaval, prepare-se para muito trânsito! Para fugir dele, escolha uma pousada na praia de sua preferência. São 42 ao redor da ilha, mas veja os principais núcleos:


Sul da Ilha - aqui ficam as praias do Campeche  (e o badalado point do Riozinho), Armação, Matadeiro, Pântano do Sul, Morro das Pedras, Praia dos Açores, etc. Todas com mar grosso, água mais fria, própria para o surf e mais distantes do centro e dos points de balada (se este é o seu objetivo). Se você quer muito sossego, escolha a Praia dos Açores ou a quase selvagem Matadeiro (para ficar lá é melhor escolher uma casa de aluguel). Nesta região, eu recomendo o Campeche, onde há muitas pousadas (como a Tamarindo) e casas de aluguel de temporada, além de ficar a poucos minutos da Lagoa da Conceição que tem um centrinho charmoso com bares, cafés, lojas e bastante movimento à noite.

Praias do Leste - as famosas Joaquinha e Praia Mole estão aqui, com hotéis de praia mais antigos. A Lagoa da Conceição concentra uma boa oferta de pousadas e a Barra da Lagoa tem muitas opções de hospedagem econômica, apesar da praia não ser exatamente muito bem frequentada. Estão aqui também as praias quase desertas do Moçambique, Rio Vermelho e a Galheta, única de nudismo na ilha. Se  você escolher a Lagoa, não pegará trânsito para sair à noite e poderá perambular pelas praias preferidas que ficam relativamente perto (há motos de aluguel na Avenida das Rendeiras). Para maior comodidade, o Praia Mole Hotel ainda é uma boa opção se quiser ficar nesta praia que, na minha opinião, é a mais linda da ilha.



Praias do Norte - a familiar Daniela, a badalada Jurerê, a "argentinha" Canasvieiras estão aqui. Além destas, Ingleses (tomada de construções e com público diverso), Santinho (com o maior resort da ilha) e as distantes Lagoinha do Norte e Praia Brava. Todas têm acesso pela Rodovia SC 401 que leva à região Norte da Ilha. Escolha a sua preferida, a maioria tem muitas opções de aluguel de aparts, pousadas e hotéis. Não considere ficar rodando entre elas todos os dias, pois o trânsito e a distância são desanimadores.

Centro - não aconselho ficar por aqui se o seu objetivo é ir à praia. Mas se for baixa temporada, apesar do trânsito na cidade estar cada vez pior, até dá para ficar nos melhores hotéis da cidade que ficam na Beiramar (Sofitel, Majestic e Blue Tree), e se deslocar para as praias que escolher.

Para escolher pousadas, hotéis e casas de aluguel consulte o site http://www.guiafloripa.com.br/

Circuito de praias:

Quem mora aqui normalmente escolhe a praia conforme o tempo e o vento (dias de vento sul evite as praias do Sul e os de vento Nordeste as do Norte). Mas você quer conhecer os melhores points, segue uma sugestão que não pode faltar no seu roteiro:

Praia Mole (foto)- há muitos anos atrás era o reduto do "beatiful people" da ilha, com seus bares de praia rústicos e uma badalação light na areia. Mas o trânsito crescente e a superlotação de turistas espantaram os frequentadores antigos para o Riozinho e Jurerê. Mesmo assim, esta praia de mar bravo de cores verde-azulada merece um dia no seu roteiro. Sugestão de ir cedo e voltar antes da fila começar (ali pelas  15hrs).

Riozinho - novo point do pessoal da ilha, ficou um tanto prejudicado pelas últimas ressacas do mar. Mesmo assim, a vista da Ilha do Campeche e os frequentadores compensam a sua visita. Fica à esquerda da principal avenida do Campeche (Av. Pequeno Príncipe). O point é marcado por uma entrada de estacionamento, bem sinalizada. O bar de praia é a única infra no lugar, mas há vendedores de sanduíches e água na praia.

Moçambique - uma das poucas praias sem construção na ilha, conserva o jeito selvagem e não há estrutura, por isso leve seu lanche e água. Mar bom para surf, poucas pessoas na areia (ideal para começar o bronzeado ou fazer topless).

Jurerê - nos últimos 5 anos se tornou o point da balada na ilha. Seus paradores e bares de praia ficam lotados na temporada, com festas, DJ's famosos e muita gente bonita por todos os lados. Para garantir um lugar na areia, chegue cedo e não se estresse com a super lotação que começa depois do meio-dia. Procure se informar, pois muitos bares oferecem festas sunset. Normalmente os lounges e mesas são reservados mediantes consumação. Escolha o seu predileto: P12 (maior estrutura, com piscinas e lounges), Donna (ambiente contemporâneo, bom para almoçar), Taikô (o mais tradicional e requisitado pela garotada), Café de La Music (área de praia pequena, mas boa estrutura de bar e frequentado por descolados), Nomuro Riso Beach (novidade do verão 2012, bom restaurante de praia, mais sossegado).

Praia da Lagoinha do Norte - antes só frequentada por hermanos, essa praia de águas calmas e claras é um paraíso bem ao norte da ilha. Agora há bons hotéis e pousadas charmosas para quem quer se hospedar por lá. É vizinha da Praia Brava, que merece uma visita também (se bem que no último verão as águas da Brava estavam impróprias para o banho).

Passeios que Valem a Pena:


Ilha do Campeche (foto)- Se programe para acordar cedo e ir até a Praia da Armação para pegar uma das antigas baleeiras nesta praia que antigamente caçava as Baleias Francas e produzia aqui o óleo e argamassa com a gordura do mamífero. A Ilha, com inscrições rupestres e preservada, tem águas claras, areia branquíssima e é um paraíso para passar o dia e fazer snorkelling.

Degustar Ostras Cultivadas - são dois os pontos de cultivo das famosas ostras aqui na ilha, o Ribeirão que fica bem ao sul e está pipocado de restaurantes com píers onde os moluscos são servidos fresquinhos, e Santo Antônio de Lisboa, no caminho que leva às praias do Norte, também com vários restaurantes na orla. Ambos lugares têm casarios típicos, cafés e um pôr do sol maravilhoso. A minha dica é, na volta da praia, passar em uma destas antigas vilas de casario açoriano para provar uma das várias maneiras de preparar as ostras que temos por aqui.

Trilhas - são muitas as trilhas pela ilha e o site guiafloripa.com.br traz algumas sugestões. Mas se é para escolher uma delas, faça a trilha do Pântano do Sul que leva à Lagoinha do Leste (foto). Esta praia selvagem com uma deliciosa lagoa que desemboca no mar é um tesouro escondido de Floripa, só acessível aos mais animados que enfrentam o caminho sinuoso dentro da mata, mas bem delimitado, de 40 minutos. Leve água e lanche, pois é desabitada. A chegada com a bela vista da praia compensa o sufoco da subida.



Fim de Tarde na Lagoa - a Lagoa da Conceição é a nossa Vila Madalena. Lojinhas de decoração e surf, cafés, restaurantes típicos, feirinha na praça, sem dúvida é um point que merece uma boa caminhada no final da tarde, seja para um suco, café ou para o happy hour. Se você estiver animado ou chegar para o almoço, vá ao píer ao lado da ponte e pegue um barquinho para ir até a Costa da Lagoa (use os de transporte público mesmo, saem com horário marcado). Lá existem restaurantes típicos e simples e uma cachoeira deliciosa. É um passeio bem gostoso e diferente. Se você for mais esportista, alugue uma lancha na marina para um ski aquático ou agende aulas de windsurf ou kitesurf em uma das muitas velarias que circundam esse manancial de água salobra.

Sandboard nas Dunas - um programa gostoso para um horário não muito quente (vá no final do dia). As dunas da Joaquina já diminuíram de tamanho (ou será que quando criança eu tinha outra perspectiva da altura?), mas continuam deliciosas para uma descida de prancha e mirar as lindas praias da Joaquina e do Campeche. As lagoas de água que ficam no meio das dunas também são limpas e valem um mergulho.

Badalar - todas as tribos encontram o seu point aqui em Floripa. Na Lagoa, o centrinho concentra muitas opções de pubs e bares. Black Swan (pub com música ao vivo e ótimo ambiente para paquerar, beber e dançar), John Bull (bar rock roll), Nomuro (baladinha light), Confraria (boate que começa depois da 1h), são algumas das opções. No Jurerê, há festas esporádicas à noite nos bares de praia como o P12, Café de La Music e o Donna, além das famosas boates Posh (clube de luxo) e a Pachá (filial da casa de Ibiza). No centro, o Double7 (foto) é uma filial do mesmo bar de NY, além do El Divino Lounge com restaurantes, bares e boate.





Vai ficar faltando neste blog as dicas de Onde Comer e Onde ficar, mas prometo logo logo atualizar esse post com as informações. O guia 4 rodas (guia4rodas.com.br) traz algumas opções e a Veja SC também.

Bom Verão!




terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ceviche, uma receita latina

A origem do Ceviche remonta ao período pré-colombiano, sendo um prato amplamente consumido nos países latinos com litoral no Oceano Pacífico, como Perú, Chile, Equador e Colômbia. Eu sou fã desta iguaria e, antes mesmo de desembarcar em Cartagena das Índias, já havia mapeado as cevicherias mais recomendadas com o objetivo de provar todos os tipos possíveis.

Logo na primeira noite na cidade, fui ao Juan del Mar e pedi o Ceviche Juan del Mar. Nesta receita, estavam marinados no limão o pescado, camarão e polvo. Muito gostoso. Mas foi na La Cevicheria, super recomendada no Tripadviser, que eu pude provar os típicos ceviches colombianos. No menu degustação conheci receitas com salsa de tomate, salsa de mango, além da tradicional com limão e coentro. Não exitei em pedir ao chef a receita do ceviche mais solicitado na casa e é esta que está aqui publicada no post desta semana.

Perfeito para o verão, este prato pode ser servido tanto como entrada como prato principal. Recomendo provarem também com camarão e polvo, que ficam ainda mais deliciosos.

Ceviche de Pez da La Cevicheria

1/2 kg de pescado de carne branca (sugestão de linguado ou peixe prego)
2 limões Taiti espremidos
Sal a gosto
Pimenta do reino moida na hora
1 pimenta dedo de moça picada sem caroço
1 pires de coentro fresco picado
1 cebola roxa picada em quadradinhos
folhas de hortelã
azeite de oliva a gosto
água de alho (02 cabeças descascadas de molho em 100 ml de água)
3 col. sopa de suco de Tangerina

Corte o pescado em tirinhas e depois em quadradinhos, adicione o suco dos limões, sal e deixe marinar por 2hrs. Acrescente a cebola picada, a pimenta dedo de moça, as ervas, água de alho e azeite de oliva, misturando tudo em um boll. No final, moa a pimenta do reino e coloque o suco de Tangerina. Está pronto para servir. Acompanhe com bolachas salgadas tipo cream cracker ou torradas.

A mesma receita pode ser feita com camarões (antes de serem misturados ao limão e temperos precisam ser salteados rapidamente na frigideira até ficarem avermelhados) e polvo (cozinhar 30 a 40 minutos antes, picar em pedaços pequenos).

Para fazer a deliciosa salsa de mango, depois de marinar o peixe, separe o suco em que ele ficou cozinhando e bata no mixxer com 1 xícara de manga verde picada (não pode estar madura, usar a fruta ainda firme). Depois adicione alface picadinho e coentro, pimenta do reino moída, sal e azeite, misturando ao peixe. A cebola roxa é picada finamente em rodelas e servida sobre o ceviche.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Os Tesouros de Cartagena

Cartagena das Índias foi o principal porto de embarque dos tesouros que a Coroa Espanhola garimpava em sua parte da América. Esmeraldas, ouro, madeira, pedras preciosas e especiarias eram armazenadas aqui à espera dos galeões espanhóis para enriquecer reis e nobres do Reino de Granada. Por isso, foi alvo constante de ataques de piratas do caribe e da cobiça do império inglês, que travou aqui batalhas memoráveis cujos relatos e marcas ficaram nas ruas desta cidade, que hoje é um patrimônio mundial cultural e arquitetônico pela Unesco.
Depois de anos de decadência, pois com sua independência deixou de ser uma cidade portuária importante e recebeu no final do século XIX grande migração dos negros aforriados das ilhas caribenhas, a cidade passou a ter sua arquitetura recuperada e, nas últimas décadas, tornou-se um destino de charme e gastronomia na costa colombiana no Caribe. Sem dúvida, uma cidade deliciosa de ser descoberta, além de ilhas que ficam a 1h de lancha para você se esbaldar nas areias brancas e mar verdinho do Caribe.
Aproveitei minhas milhas da TAM e embarquei no último feriado de novembro para 5 noites neste destino que tanto inspirou um dos meus escritores preferidos, Gabriel Garcia Márquez, e que fica apenas 5 horas de viagem de São Paulo. Conheça a seguir as dicas e lugares que garimpei com muito carinho para este blog.

Como chegar
A TAM têm vôos diretos para Bogotá a partir de Guarulhos. Além dela, Avianca e Copa Airlines também voam para a capital colombiana. Para facilitar o trânsito, e não perder noite em Bogotá, emiti pela web mesmo o trecho Bogotá-Cartagena na Copa Airlines (custo aproximado de R$400,00). Até olhei outras companhias indicadas em blogs, mas as reclamações constantes de cancelamento de vôos me fizeram optar pela principal cia aéra do país. Foram mais 1h e 20 min de vôo até Cartagena. Deixe umas 2hrs pelo menos entre um vôo e outro (a imigração até que foi rápida e a conexão com as malas é feita em uma sala anexa a de retirada de bagagem). Consegui inclusive fazer o web check-in no trecho interno da copa.

Documentos: leve seu passaporte, não é necessário mais visto para brasileiros. A vacina da febre amarela é recomendada, mas se você embarcar em áreas que têm foco da doença (MT, AM, RO,etc), será exigido o certificado internacional da Anvisa.
Se você tiver de gastar umas horinhas no aeroporto de Bogotá entre um vôo e outro, vá ao Crepes & Waffles no andar superior e aproveite esta conhecida rede colombiana com muitas opções deliciosas no cardápio.
Andando por lá
Os táxis em Bogotá rodam por taxímetro e os de Cartagena tem valor pré-definido, 5 mil pesos para o dia em distâncias curtas e 15 mil pesos as longas. A noite, os valores passam para 6 mil e 20 mil respectivamente. Todos informam os mesmos valores, são muito corretos.
Em Bogotá um casal de colombianos nos alertou para não dar moleza com coisas de valor, máquinas fotográficas na região da Candelária ((foto) e assim por diante. Mas não me senti em nenhum momento ameaçada. Em Cartagena, rodei com minha máquina profissional sem problemas, mas evitei as ruas fora da cidade amuralhada à noite por recomendação de uma vendedora local. A única dica, caso não queira ser importunada pelos milhares de vendedores ambulantes, é apenas repetir gracias e seguir seu caminho sem dar oportunidade para estabelecerem um contato visual ou conversa, senão prepare-se para um grupo treinado que deixa nossos vendedores de rede nas praias no chinelo!

Onde Ficar
O ponto forte de Cartagena é sem dúvida a cidade amuralhada. Aqui é onde está tudo, restaurantes, cultura, compras, baladinhas, enfim, se você veio até aqui é para curtir cada pedacinho deste lugar histórico. Portanto, nem pense em se hospedar em um dos hotéis de redes americanas, com cara de Miami, em Boca Grande ou Boquilha. As praias aqui são xexelentas, com areia escura, mar escuro e muitos ambulantes, então não há por que ficar próximo delas. Mesmo que o preço seja melhor.

Já a cidade amuralhada está sendo invadida por hotéis boutique super lindinhos e chiques. Um melhor que outro, difícil até escolher. Eu visitei alguns, conheci outros na minha busca na web quando ia para lá e fui conferir in loco, e deixo uma boa lista. Mas se você for fazer uma pesquisa, certamente encontrará outras boas opções.

Sofitel Sta Clara (hotelsantaclara.com)- segundo a guia que nos levou para percorrer as ruas históricas da cidade, aqui foi um convento das Claríssimas (inspirou uma personagem de Gabriel Garcia Marquez) e depois de desativado se transformou no morgue da cidade até ser comprado pela rede francesa e transformado em hotel de luxo. Visitei seu interior e sem dúvida, muito charmosas e super bem localizado. Sua piscina no terraço tem vista para a muralha e mar, o restaurante serve um brunch delicioso (dá para ir lá comer mesmo não estando hospedado) e o bar tem uma programação variada para bons drinks e balada (também dá para frequentar não estando hospedado). Claro que tudo tem um preço... mas se o seu bolso não permitir a hospedagem aqui, reserve um day use (as vezes sem custo) e vá curtir umas horas de sol na piscina.
Hotel Boutique Arsenal (arsenalhotel.com) - hotel design, com quartos super descolados (um quê de GLS) e varandas balcão, fica no bairro histórico de Getsemaní, na rua de mesmo nome onde estão praticamente as principais baladas noturnas da cidade (uma ao lado da outra). Como fui em pleno feriado de carnaval colombiano, posso grantir que os quartos são silenciosos e a localização é muito boa para você visitar a cidade amuralhada (5 min caminhando) e sair à noite. O staff super atencioso, o quarto muito amplo (quarto, sala, varanda), e o estilo cool da decoração me agradaram. Ótimo custo-benefício (em torno de R$ 240,00).

Casa Blanca B&B (casablancabyb.com)- um hotel boutique super legal e também muito bem localizado na cidade amuralhada. Suas áreas internas claras com jardim tropical e piscina são super convidativas (foto).

Casa de Pestagua (casapestagua.com)- este também visitei e adorei esta antiga residência de um nobre espanhol. Pé direito alto, decoração charmosa, spa, enfim, uma ótima opção e fica pertinho da escultura do Botero que está na praça mais animada da cidade amuralhada.

L&M (hotel-lm.com)- este é de luxo com apenas 07 quartos, super sóbrio na entrada, mas com jeito de ser chiquérrimo no interior. Bem localizado na cidade amuralhada.
Charleston Sta Tereza - olhei errado o mapa e acabei não escolhendo este hotel, que fica sim dentro da cidade amuralhada, coladinho na muralha e no seu entorno há cafés e lojas super descoladas para frequentar. Um dos hotéis de luxo da cidade histórica.
Anandá (anandacartagena.com) - hotel boutique com 23 suítes chiquérrimas, com banheiras, decoração contemporânea além de um terraço com piscina super gostoso (foto).
Casa Lola (casalola.com.co) - fica também em Getsemaní, uma casa totalmente restaurada por um arquiteto espanhol com decoração super transada.


O que fazer

Não preciso dizer que fui todos os dias para a cidade amuralhada. Em dias nublados, fui de dia (o calor lá em novembro era de 30°). Nos ensolarados, depois de passar o dia nas ilhas, ia caminhar final da tarde para um drink na muralha e visitas às lojas, ou à noite para jantar em um dos inúmeros restaurantes recomendados. Por isso, a minha recomendação é que você reserve bastante tempo na sua agenda para percorrer com calma cada cantinho da cidade histórica. Eu, inclusive, contratei uma guia formada (fazem faculdade para isso lá) para conhecer os detalhes da história da cidade, de seus habitantes ilustres, a arquitetura e os melhores lugares para comer e comprar.

Tour Guiado na Cidade: a minha busca foi no tripadviser, contatei duas, mas a mais recomendada de fato se mostrou mais adequada ao perfil que eu queria de passeio - 3 horas de caminhada, explicações em inglês ou espanhol, só para eu e minhas amigas. Nada de van, grupos de cruzeiros e aquele tipo de guia que leva vc para restaurantes e lojinhas... A Marelvy Peña só faz tour com grupos pequenos e este que fizemos, o Tour  do Crepúsculo, é o mais recomendado dela. Pessoa boníssima, super informada, incrementou nossa caminhada com os personagens do Gabriel Garcia Marquez e os locais que o inspiraram. Perfeito! Contatos: http://www.tourincartagena.com ou através do email marelvy@gmail.com

Visitar Outros Pontos Históricos: o Castillo San Felipe de Barajas teve parte de sua construção utilizada na arquitetura das casas da cidade amuralhada. Mas sua recuperação a partir de 1928 conseguiu reerguer com perfeição essa amostra da estratégia bélica que protegeu por séculos a cidade. Aqui, a cidade ganhou uma batalha contra uma frota de 185 embarcações inglesas (26 mil homens contra 5 mil). Além de tours com guias contratados no local, dá para alugar o auto-guia e percorrer suas galerias internas e construções. O Convento La Popa fica no alto do monte mais elevado da região e permite uma boa visão de toda baía, além de ter no seu interior uma igreja ornamentada em ouro que foi  toda restaurada e vale a visita.


Passar o dia em Ilhas no Caribe: pois é, Cartagena não tem praias bonitas, mas a 1h de barco (lancha rápida) você pode desfrutar de um dia em um resort nas Islas Rosário, ou escolher passar o dia na Playa Blanca com suas areias finíssimas e mar verdinho. Eu recomendo fazer os dois, pois as Islas Rosário tem ótimos pontos de snorkelling, mergulho com golfinhos, além de poder aproveitar da infra-estrutura do resort. Já a Playa, guarda ainda um estilo rústico, com suas cabanas de palha, nada de construções e aquele mar igual ao de Aruba. Eu segui a sugestão do meu gerente (e deixei de lado as recomendações do Tripadviser) e fui passar o dia no Resort Isla del Sol (só me conformei com a escolha qdo vi o Almir Slama no nosso barco, pois certamente ele teve acesso a outras boas recomendações e escolheu este também).
  

A localização é excelente, dá pra ir rapidinho de caiaque mergulhar na melhor área de corais das ilhas, mas de resort... só o nome. Bem rústico, com uma prainha pequena em frente. O preço de  75 mil pesos colombianos incluiu a lancha rápida e almoço. Para sair para os outros passeios no Oceanário, trilhas e snorkelling, tudo é pago à parte.

Voltando a recomendação do Trip, o Hotel San Pedro Majagua (http://www.hotelmajagua.com/) é uma extensão do Sofitel  Sta Clara e tem sim uma estrutura bem legal, caso você se anime a pernoitar aqui. O dia com almoço e transporte ficava em 145 mil pesos colombianos.
Caso esteja em um grupo maior, minha dica é alugar uma lancha rápida (550 mil pesos com dois motores) e fazer o seu roteiro nas Islas, incluindo tbém a Playa Blanca. Pontos legais de conhecer: Isla del Pirata, Isla del Encanto, etc.

Chegando nas Islas há varios passeios para fazer. Recomendo o snorkelling (se estiver no Isla del Sol, vá de caiaque mesmo e deixe ele na prainha que fica do lado do ponto de mergulho) e o passeio ao Oceanário vale para interagir com os golfinhos (minha irmã fez o passeio). Eles ficam livres em uma baía e você entra na água com os bichinhos, faz carinho, dá comida e pode até nadar. Há ainda trilhas e passeio de caiaque em manguezais, se você gostar do estilo. Como vejo isso toda hora em Floripa decidi curtir a praia mesmo.

Para a Playa Blanca (foto) há diversas lanchas que saem do molhe turístico (ao lado da saída da Torre do Relógio e do Centro de Convenções). Você pode pagar só o transporte ou ir passar o dia no Resort Decameron Barú que fica lá também. Custo só do transporte de 55 mil pesos ida e volta.

Compras: não achei os preços muito atrativos, mesmo o câmbio sendo praticamente 1000 pesos para 01 real. Para comprar as famosas esmeraldas colombianas, esperei a guia me levar em lojas confiáveis. Ela indicou a rede Joyeria Caribe (joyeriacaribe.com), com uma grande loja em Boca Grande e outra na cidade histórica. Para souvenirs, há o mercado Bovedas (uma antiga prisão), próximo ao Hotel Sofitel Sta Clara, com diversas lojas. Mas como é difícil descobrir o que é de lá e o que veio da China... a minha dica é você ir na última loja onde há peças de artesanato local como as caixinhas em madeira de uma artista local e de nome Orgânica, além de outras peças atrativas e bem feitas. O chapéu Panamá tem em todo lugar, mas o verdadeiro tem print na etiqueta interna e é super maleável (dá pra dobrar sem quebrar as fibras). Na cidade histórica a loja .... tinhas as famosas caixinhas, semi-jóias que reproduziam peças do Museo del Oro e outros itens interessantes. O café, deixe para comprar no freeshop pois a polícia pode querer abrir antes...
Todas as compras feitas com cartão de crédito têm direito a reembolso do imposto. Guarde a Nota Fiscal e o ticket do cartão. No aeroporto, depois de ter seu cartão de embarque, dirija-se ao guichê específico para preencher um formulário e deixar as notas e tickets com eles. Despesas com restaurantes e hotéis não entram, mas todas as demais sim. O reembolso é feito no cartão de crédito informado. Reserve uns 30 minutos para esta  função.

Boca Grande: seus prédios envidraçados e brancos lembram South Beach Miami ou Fort Lauderdale. É a área nova na cidade, mas suas praias não compensam passar o dia lá. Vá para caminhar na orla de dentro da lagoa no final de tarde e para um café no Juan Valdéz que há neste bairro. Não cheguei a olhar as lojas e restaurantes, preferi ficar no centro histórico.

Tourists Traps: pois é, tem em todo lugar, mas aqui como há uma grande população dependendo só do turismo é bom estar atento. Não recomendo ir a Boquilla na praia se for baixa estãção lá, pois além de deserta e sem graça fica próximo a uma área pobre da cidade e o pessoal fica esperando os turistas chegarem para ganharem comissão ao levarem o táxi a algum chiringuito de praia. Além disso, cuidado ao andar nas ruas fora da cidade amuralhada tarde da noite carregando valores. O táxi é super barato e não precisa arriscar. Os passeios de catamarã lotados e com rumba tocando demoram uma eternidade para chegar às Islas e Playa Blanca e são o típico programa de índio... Somando-se a estes, a tal visita para um Volcano para banho de lama. Vi a foto do vulcão e certamente é um programa dispensável.

Onde Comer

Desconfio que Cartagena é o pólo gastronômico da Colômbia, de tantas opções, bistrôs e restaurantes premiados nestes poucos kilômetros quadrados da cidade amuralhada. As dicas aqui garimpei em blogs, visitei, li guias locais, consultei colombianos (super simpáticos e solícitos) e até a guia que contratei acrescentou outras opções. Portanto, provavelmente vai faltar dia para visitar tantas opções, mesmo que você consiga almoçar e jantar todos os dias...

La Vitrola (Calle Baloco): este é considerado o melhor restaurante da cidade. Mas as reservas já ficam lotadas praticamente 2 meses antes. A saída é você fazer como eu, ir para o almoço pois neste horário não há problemas em conseguir uma mesa. Comi um filé de peixe à La Vitrola, delicioso. Não se preocupe, o almoço não fica mais do que 80,0 reais p/p.
El Santíssimo: descolado, fica ao lado do Sofitel Sta Clara onde você pode ir ao lounge El Coro tomar um drink antes do jantar. Sua proposta é uma fusion cuisine com as receitas caribenhas. Foi aqui que conheci um casal de colombianos que atestou que este está entre os melhores restaurantes da cidade.

La Cevicheria (Calle Stuart): recomendado em guias e blogs, fui lá provar um verdadeiro menu degustação de ceviches. Pequeno, mesinhas ao ar livre (fica ao lado do Bovedas Sta Clara), sua especialidade é o Ceviche com 03 tipos diferentes de molho (sabia que há até de manga?). Vale a visita. Aqui descolei a receita com o chef para o próximo post.

Crepes & Waffles : ótimo para um lanche fora de hora, você terá dificuldades em escolher o seu crepe ou waffles entre tantas opções deliciosas. Prove com um dos variados cafés que a casa oferece. Fica pertinho do La Vitrola na Calle Baloco (dá pra comer a sobremesa lá).

Gelateria Paradiso (Calle del Estanco del Tabaco): segundo a guia, é uma gelateria boutique que não utiliza ingredientes artificiais. Charmosa, merece a sua visita em uma tarde calorenta de visita pela cidade antiga.

Casa del Socorro: cuidado, há muitas outras Socorro na cidade, mas o verdadeiro restaurante típico fica em Gtsemani (foto), e tem exatamente este nome. Aqui os pratos são típicos e todos acompanham os plátanos e o arroz de côco (diferente do thai, este usa côco queimado e é adocicado). Provei os camarões gratinados à moda da casa, muito bom!

Café San Pedro: este fica na plaza San Pedro Claver, em frente à Igreja. Com mesas ao ar livre, foi muito bem recomendado pela minha guia, mas não sobrou tempo de conhecê-lo.


Juan Del Mar: na Plaza San Diego, são 03 restaurantes desta rede local. Fui no Juan del Mar (foto) original e provei (adivinha?) o Ceviche da Casa, delicioso! Mas o casal de colombianos recomendou o outro, o Jual del Mar Mesa Peruana, como sendo o melhor. Há ainda o Pizzeria Gourmet para quem não quer se aventurar por outros sabores...

8-18 (Calle Gastelbondo): muito bem recomendado, descrito como um restaurante contemporâneo que mescla os sabores mediterrâneos e caribenhos. Infelizmente não deu tempo de conhecê-lo.

Mila (Calle de la Iglesia): esta deliciosa confeitaria oferece um brunch, além de muitas opções de tortas e doces. Abre a partir das 8:00hs.

Krioyo (Calle de la Mantilla): este eu visitei e achei a proposta do lugar super legal. Fica nas ruínas de uma antiga casa, com ambientes super transados e uma fonte acolhedora no meio. A comida é cartagena, bem típica e com opções também de ceviche.

El Marqués (Calle Nuestra Sr. del Carmen): fui visitar esta antiga residência que hoje é um hotel boutique com a guia . O proprietário nos levou até uma adega antiga onde foi descoberta uma pintura de mais de 150 anos (foto) e lá eles montaram uma mesa linda para refeições para grupos fechados. Se você está pensando em aproveitar o clima romântico da cidade para um jantar de noivado ou de celebração, aqui além de exclusivo é super romântico. Quem atende é o restaurante anexo ao hotel, de comida peruana (super na moda!)

Café Juan Valdéz: é uma rede colombiana de cafés, tipo starbucks. Gelados, quentes, granizados, enfim, dá para se esbaldar com tantas opções. Há um em Boca Grande e outro na cidade histórica em frente à praça da Universidade de Cartagena.

Onde Badalar
Café del Mar (baluarte de Sto Domingo): fica sobre a muralha, com vista para o mar. Ótima opção para apreciar o final de tarde degustando um drink ou, após as 23hs, sair para uma baladinha light de música eletrônica.

Salsa e Rumba: se você quer visitar lugares típicos para dançar salsa e rumba, o Tu Candela e o Donde Fidel ficam bem ali no Portal de los Dulces em frente a Torre do Relógio. O Café Havana, no Getsemani, também é super típico (em cima dele há um ótimo restaurante italiano que tem massas frescas deliciosas e pratos super baratos para um jantar antes da balada).

Baladas: há tanto na cidade histórica, como a Babar (ao lado do hotel Sta Tereza), e na Calle Arsenal em Getsemaní, como a típica Mister Babilla e a Casa de La Cerveza, dentre muitas outras.

Parada em Bogotá

Se os seus vôos exigirem uma pernoite na cidade, minha dica é se hopedar no Ibis Museo (http://www.accorhotels.com/), bem equipado e muito bem localizado, além de ótimas tarifas ( 137.000,00 pesos). Na cidade, vale a pena visitar os prédios históricos da região da Candelária (tem uma oficina de turismo com tour guiado gratuito todos os dias às 14hs). Ali pertinho fica o imperdível Museo Botero, com muitas obras deste famoso pintor e escultor colombiano (famoso por pintar gordinhos) e a uma pequena corrida de táxi o também imperdível Museo del Oro.


Para sair a noite, o André Carne de Res agora tem uma filial na Zona T, onde há também um restaurante típico para você provar o Ajillo (sopa cremosa típica) e a Água de Panela (bebida feita com rapadura), o ...

A subida de funicular ao Montserrat é vertiginiosa e dá uma vista linda de toda a cidade. A minha única frustração é não ter encontrado (mesmo perguntando para os locais) um café charmoso para degustar mais alguns cafés colombianos deliciosos.

Siga para o aeroporto 3hrs antes, pois aqui eles embarcam bem antes as pessoas e o Freeshop tem diversas lojas, tipo um mini-shopping. Você terá de passar no guichê 19 com o seu passaporte para não ter de pagar o imposto de permanência. Veja em Compras as dicas para reembolso do imposto.

Divirta-se!