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Santiago do Chile, Chile
Viajar é meu esporte favorito, mal chego e já estou planejando qual será o meu próximo destino. Depois de trabalhar por mais de uma década na gestão de marketing em uma multinacional em Floripa, e passar um ano sabático explorando novos sabores, culturas e lugares, vim morar em Santiago do Chile. Espero que minhas experiências sejam úteis e instiguem amigos e desconhecidos a desbravar novos e deliciosos destinos.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Arroz de Polvo de Pipa

Este prato eu tive o prazer em comer pela primeira vez no bistrô que descobri no costão que separa a Praia do Amor da Praia do Centro em Pipa/RN.
Não me lembro de certeza da nacionalidade do chef que comandava este simpático restaurante, com poucas mesas em uma varanda debruçada sobre as piscinas naturais em frente, mas a recordação dos aromas e sabor deste prato estão até hoje vivos em minha memória.




Por isso, a receita que escolhi para acompanhar o post Natal e Pipa (http://www.viagemcomgosto.blogspot.com.br/2011/10/natal-e-pipa.html) não poderia ser outra e espero que vocês gostem.

Ingredientes

1 polvo médio
1 cebola cortada ao meio
2 ramos de alecrim
2 cebolas cortadas em tira
2 cabelas de alhos picadas
3 xícaras de chá de arroz lavado
1/2 xícara de vinho branco seco
3 tomates sem pele e sem sementes picados
sal a gosto
pimenta do reino moída na hora
1/2 de salsinha picada

Modo de Preparo

Há duas maneiras de cozinha um polvo para fazê-lo ficar macio. A que testei e deu certo é colocá-lo para ferver em uma panela com um nabo de tamanho aproximado, quando este estiver cozido, o polvo estará no ponto. Nesta receita, acrescente na água de cozimento a cebola cortada ao meio e os ramos de alecrim. Se já tem experiência com a panela de pressão, o cozimento será de aproximadamente 8 minutos  após o início da pressão (não precisa usar o nabo).
Depois de cozido, pique o polvo e reserve o caldo.
Em um panela, doure a cebola e o alho picados (o alho sempre depois para não escurecer), acrescente o polvo picado e o arroz lavado e despeje o vinho deixando evaporar. Em seguida, coloque o caldo na quantidade para cozinhar o arroz (se necessário, acrescente mais água) e o tomate, corrigindo o sal e moendo um pouco da pimenta. Quando o arroz estiver macio, salpique a salsinha e está pronto para servir.

Este prato é tipicamente mediterrâneo e combina bem com um vinho branco fresco e de características cítricas, preferencialmente produzido nesta região como estes italianos da Costa Almafitana e Sicília: Con Vento Sauv. Blanc de Terriccio, Fiorduva D'almafi de Marisa Cuomo, e Regaleali Tasca d'Almerita Sicília.

Bom apetite!

Natal e Pipa


Nas minhas viagens por aí já tive a oportunidade de visitar muitas capitais do nordeste. Em Natal estive a primeira vez em 2000, quando sua orla ainda não estava pipocada de grandes resorts e a Praia de Ponta Negra conservava seu charme original, com prédios e pousadas baixas e uma frequência menor de roubos e assaltos aos turistas.

Em 2008 voltei e vi a cidade transformada, muitos edifícios novos, a belíssima ponte que substituia a nossa travessia de balsa ao rio Potengi, bons hotéis na orla e, infelizmente, a principal praia da cidade transformada pela perambulação de ambulantes, prostitutas e crimonosos.

Ainda assim, esse destino e seus arredores, como a charmosa Praia da Pipa, são uma opção convidativa para muitos dias de sol, já que Natal tem a fama de ter menos de 10 dias de chuva por ano! Conheça algumas dicas de como aproveitar o que esta capital nordestina tem a oferecer.

Natal:

A minha dica é que  você pernoite pelo menos 01 ou 02 noites em Natal para poder aproveitar alguns passeios ao norte da cidade, como Maracajaú, as Dunas de Genipabu e de pontos turísticos que valem uma visitinha nesta capital.

O melhor lugar para se hospedar é em um dos resorts de praia na Via Costeira, que liga a Ponta Negra ao Centro da Cidade. Ali há opções mais luxuosas como o Sehrs Natal (www.serhsnatalgrandhotel.com) e ocomo Pestana (www.pestana.com/pt/pestana-natal-hotel), os resortes mais antigões mas ainda com uma boa localização e infra, além das tarifas convidativas, como o Ocean Palace (www.oceanpalace.com.br) e o Pirâmide Natal (www.piramidenatal.com.br). Se a opção for por um hotel mais enxuto, e bem localizado, a rede Quality (www.atlanticahotels.com.br/QualityNatal)  e Holiday Inn (www.holidaynatal.com.br) possuem hotéis em Ponta Negra.  

Normalmente os hotéis e agências oferecem vários passeios, entre eles o tradicional city tour, que de interessante mesmo só levará você para o Mercado Público, Forte dos Reis Magos e ao maior cajueiro do mundo... dispense a agência, alugue um carro e percorra você mesmo esses pontos turísticos em um final de tarde. Reserve o dia para curtir o sol de rachar na praia e piscinas do resort e, de olho da tábua das marés que as agências fornecem os horários, acorde cedo e pegue o carro para ir ao norte até os Parranchos (foto) de Maracajaú. As direções para chegar aqui são pegue a ponte nova Forte- Rendinha e siga pela BR 101 sentindo norte até o muncípio de Maxaranguape (uns 60km), ali siga as placas para a vila de pescadores de Maracajaú.

Ao chegar, escolha um dos pontos de partida dos barcos catamarãs que seguem em direção ao alto mar por 7km para chegar a uma área de recifes, corais e piscinas naturais de 13km², onde você poderá fazer snorkelling ou mergulhar em profundidade em alguns dos naufrágios da região, conforme o pacote que comprar. É a versão potiguar das piscinas de Maragoggi, mas que achei muito mais bonitas que as de Alagoas quando estive lá. Os passeios duram em média 2 a 3 horas e incluem refrescos e lanches.

Na volta, você poderá escolher algumas das barracas ou pontos de serviço na praia para almoçar ou passar o restante do dia. Sugiro que saia no meio da tarde para, no caminho de volta, ir conhecer as famosas Dunas de Genipabú (foto). Na entrada do parque há bugues para os passeios, que permitem rodar pelos montes mais altos e ver o belíssimo pôr do sol refletindo nas lagoas e na praia de mesmo nome.

A noite, o Forte dos Reis Magos fica iluminado (se quiser visitá-lo deve ir de dia) e no Mercado Municipal de Artesanato há apresentações de forró e boas opções de artesanato para comprar. Mas, o programa imperdível é ir jantar no delicioso Restaurante Camarões Potiguar (http://www.camaroes.com.br/) em Ponta Negra. Com uma arquitetura bem transada e um cardápio interminável de boas opções de pratos típicos, certamente você desejará voltar na próxima noite.


Pipa:

A Praia da Pipa está entre as 10 mais belas segundo o Guia 4 Rodas e fica ao sul de Natal, no município de Tibau do Sul. Para aproveitar de suas areias e falésias recomendo pelo menos 02 noites. Aqui as as opções de hospedagem charmosas são muitas. Este balneário que fica a 80km da capital é um point de surf, pousadas e restaurantes descolados, boas praias e, sem dúvida, vale a pena alugar um carro e curtir este pedacinho do paraíso que lembra Arraial d'Ajuda, com suas falésias e ruas íngremes.

Para as sugestões de hospedagem, já que só passei o dia, recorri a dicas de amigos e à avaliação dos hóspedes no Booking.com.

Hotel Sobra e Água Freca (http://www.sombraeaguafresca.com.br/) : próximo a uma das melhores praias, a dos Amores, este hotel fica no alto das falésias e tem uma vista linda da região. Avaliado como Fantástico.

Oka da Mata (http://www.okadamata.com.br/): fica a 70mts da praia, mas um pouco mais distante da vila, fica nas falésias rodeadas de mata, com quartos decorados com bom gosto e diárias convidativas. Ganhou um Fantástico também dos hóspedes.

Terra dos Goitis (http://www.terradosgoitis/): esta pousada com um quê de hotel boutique fica a 100mts da Praia dos Amores e tem chalés super charmosos com camas em dossel e uma decoração especial. Recebeu a nota mais alta de 9,7 como Excepcional.

Condomínio Pipa Park (http://www.pipapark.com.br/): não fica tão próximo a praia mas está a 600 mts do centrinho e dispõe de apartamentos bem legais e equipadas para quem viaja com outros casais. Nota 9,1.

Toca da Coruja (http://www.tocadacoruja.com.br/): perfeita para casais, seus bangalôs são amplos e sofisticados, com hidro e uma bela vista de cima das falésias. Faz parte do Roteiros de Charme, não preciso dizer mais nada, não?


Aqui a ordem é acordar cedo e ir perambular pelas praias e opções não faltam:

Praia do Madeiro e Baía dos Golfinhos - de cima das falésias é possível avistar esses mamíferos em suas evoluções no mar. A praia, de mar mais bravo, é ideal para o surf e prática de Kite, bastante badalada nos feriados e final de ano.

Praia do Curral - mais selvagem e sem infra-estrutura, ideal para longas caminhadas e ponto de parada das lanchas e barcos de passeio para mergulhos.

Praia do Amor (foto) - eleita uma das mais belas do país, na maré baixa se formam piscinas naturais e o mar é bom para o surf. Para mim, a mais bela da região, para chegar lá basta uma rápida caminhada a partir da praia do centro da vila, em direção ao sul.

Chapadão e Praia das Minas - caminhando mais ao sul você encontra muitas praias desertas, falésias e piscinas naturais e, após 6km, dará na vila de Sibaúma.

Na própria vila você poderá fechar passeios de pesca oceânica, buggy, cavalgadas, visita ao santuário ecológico, passeios de barco e outros. Para um passeio de barco com um chef a bordo, melhor que sair de escuna, vá no  Maria Maria (3246-2166/9906-7864), do marinheiro e chef de cozinha Galego. O início do roteiro é o mesmo da escuna – depois, o programa continua em direção a Tibau do Sul e enquanto os turistas se divertem nadando e curtindo a paisagem o chef prepara pratos típicos para o almoço.

Para Depois da Praia:

As vilas de Pipa e de Tibau do Sul são recheadas de boas opções gastronômicas e há até um festival para promover a culinária típica. Quando estive lá, caminhando pela Praia dos Amores encontrei um bistrô rústico de um extrangeiro incrustrado no costão e me lembro até hoje do delicioso arroz de polvo e ervas que provei por lá, caso ainda esteja aberto, vá almoçar com a vista das piscinas naturais. As dicas a seguir são fruto de uma pesquisa em blogs e revistas:



 
Restaurante Cruzeiro do Pescador (http://www.cruzeirodopescador.com.br/)- da época que Pipa ainda não tinha sido descoberta, este tradicional restaurante traz um cardápio interessante de frutos do mar e uma proposta super charmosa de ambiente e serviço. Vale a pena experimentar! Fica na Vila de Pipa.
Camamo (http://www.camamo.com/): sua proposta é uma culinária contemporânea e o chef só recebe 8 casais por vez com uma proposta de um menu pré definido para um verdadeiro ritual gastronômico. Fica em Tibau do Sul e tem uma ambientação pra lá de romântica! (84) 3246-4195
Pacífico: o chef australiano capricha na compinação das culinárias brazileira e do pacífico. Bons reviews, fica na Rua dos Bentevis, no centrinho de Pipa. (84) 9982-8981 
Aqui (http://www.aquipipa.com/): outra proposta charmosa para jantar, este restaurante é o 1° nas indicações do Tripadviser e o cardápio parece bastante convidativo.

A Vila de Pipa tem muitas lojas, bares e até baladas que ficam bem movimentados no verão e feriados. Sem dúvida, opção para se divertir depois de ver o sol se pôr de cima das falésias é o que não vai faltar!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Rio com Bossa


Este post não tem o propósito de ser uma sugestão de roteiro no Rio, pois a cidade maravilhosa já tem muitos blogs e guias bem redigidos sobre seus pontos turísticos.

A minha idéia aqui é descrever o Rio como eu gosto, com a bossa das ruas deliciosas da zona sul e alguns programas para quem quer curtir a cidade como um carioca e não como um turista.

Pra começar, a sugestão de onde ficar. Copacabana já era, a menos que você queira curtir as instalações do Copacabana Palace. Suas ruas cheias de gringos, prostitutas e "caça turistas" não são exatamente o lugar mais charmoso da cidade para se hospedar.

Santa Tereza ganhou nos últimos anos alguns hotéis boutique e B&B charmosos, mas sua localização não é exatamente a melhor apesar da bela vista. Por isso, a minha sugestão é que você escolha Ipanema ou Leblon se quiser andar tranquilo pelas ruas, curtir uma orla mais gostosa e pode usufruir de todas as opções de lazer e restaurantes a poucos passos de onde está. Claro que se seu budget permitir, o novíssimo Hotel Fasano no Arpoador é uma boa pedida...

Mas, para aqueles com o bolso mais econômico, seguem as minhas sugestões:

Ritz Plaza Leblon (www.ritzhotel.com.br/): fica super bem localizado ali no buxixo do baixo Leblon, na altura do Posto 12 e quase na esquina das Pizzarias Guanabara e Diagonal. Suas instalações foram reformadas e no quarto que me hospedei, tudo moderno e clean, TV LCD, super banheiro e um ótimo café da manhã. Faz o estilo cool e é bem frequentado (sem gringos acompanhados de garotas de programa).

Mar Ipanema (http://www.maripanema.com.br/): também com grande parte dos quartos remodelados e clean, fica na Visconde de Pirajá em Ipanema, muito bem localizado a 2 quadras da praia e 2 da Lagoa. A recepção diminuta mas muito bem decorada e o café da manhã no Devassa é para vc já acordar e ir para o Boteco...

Marina All Suites (http://www.marinaallsuites.com.br/) : não tão econômico e mais complicado de conseguir um quarto, este hotel fica de frente para o mar e muito bem localizado, na altura no posto 11.

Leblon Spot Hostel (www.leblonspot.com/): isso mesmo, um hostel ali na Dias Ferreira, mas com suítes com um precinho camarada e, segundo as amigas que já ficaram por lá, quartos ótimos por pouco mais de R$100,00 por pessoa. Uma ótima pedida em detrimento aos hotéis com carpês antiquados e móveis deteriorados que costumamos encontrar com frequência no Rio.

Programas de Turista :

Pois é, o Rio tem muito programa só pra gringo ver, tipo ir na escola de samba (minha sugestão é que vc se organize e saia em um desfile no carnaval mesmo), subir a favela, pegar um tour para os pontos tradicionais como Cristo, Pão de Açúcar, Maracanã... enfim, faça a peregrinação toda. As minhas dicas aqui são de como ir para alguns lugares turísticos e aproveitar melhor o que eles têm para oferecer.


Pão de Açúcar: realmente, imperdível, mas normalmente aos finais de semana e feriados a fila é enorme. A minha sugestão é que você escolha um dia de semana, se possível, e vá no final da tarde para ver o lindo pôr do sol deste cartão postal da cidade maravilhosa.

Cristo Redentor: só vale a pena ir lá se o tempo estiver limpo, pois a cerração e as nuvens rapidamente fecham a vista de toda baía da Guanabara. Mas para "entrar no clima" a minha sugestão é que você pegue um táxi e vá para o Cosme Velho pegar o trenzinho que leva você até o topo do Corcovado, em meio a uma floresta de mata atlântica onde, com sorte, você verá um grupo de macacos prego nas árvores fazendo festa.

Jardim Botânico: sem dúvida vale uma visita a este oásis na cidade. Caminhe com tempo nas alamedas arborizadas, procure os esquilos, sagüis e tucanos nas árvores. Há um café gostoso na entrada principal para repor as energias. Ao sair, caminhe mais um pouco para chegar à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas. Ali, há muitos restaurantes para um drink ou almoço, junto a outro ponto turístico da cidade.

Pedra da Gávea e Floresta da Tijuca: combine com um taxista da sua confiança e siga de São Conrado para a estrada que chega ao Mirante da Pedra da Gávea, onde saltam de asadelta. A vista é linda e o caminho segue pela Estrada das Paineiras em meio à Floresta da Tijuca. Lá, há uma cachoeira em meio à mata onde, com sorte, você avista os macacos pregos em festa. Foi uma das visões mais lindas que vi neste lugar, dezenas deles nas árvores ao redor do poço. Deve vir de situações como esta que os gringos dizem que os macacos vivem no meio das cidades brasileiras... O caminho pode seguir até a Mesa do Imperador (cenário deslumbrante) e a Vista Chinesa, chegado ao morro de Santa Tereza e o centro do Rio, onde o passeio continua.

Centro do Rio: aqui há muitos prédios antigos, como o do Theatro Municipal e a Biblioteca Nacional, para serem visitados. A Câmara de Deputados também é um belo espaço e nas proximidades há toda uma fortificação da época de fundação da cidade. A dica aqui é não ir com itens de muito valor e bolsas fáceis de serem levadas e atenção, mas as vezes em que perambulei por essas ruas nunca tive problema. Não deixe de visitar a Confeitaria Colombo para um doce português. A última vez que fui estava meio caidinha, mas ainda assim o belo espaço que recebeu personagens ilustres da nossa história vale uma visita.

Morro de Santa Tereza: o legal era chegar lá de bondinho passando pelos Arcos da Lapa, e o ponto de embarque era ali próximo ao prédio da Petrobras. Mas depois do acidente, não sei se estão ainda em funcionamento. De qualquer modo, o Museu Chácara do Céu tem um acervo interessante e uma bela vista e o restaurante Aprazível (http://www.aprazivel.com.br/) é uma ótima pedida para o almoço com vários ambientes em meio a um jardim e vista linda.

Praia: caminhar pela orla, seja a de Copacabana com seus novos quiosques, ou do Arpoador até o Leblon deve fazer parte do seu roteiro. Seja de manhã cedo ou no final da tarde, é um programa que todo carioca faz e que é ideal para você sentir o clima da cidade e observar os tipos que passam. Aos domingos, a pista da praia é bloqueada e o movimento aumenta. Agora, se você quer curtir praia mesmo, o Posto 12 do Leblon é uma muvuca de turmas jovens e saradas. A Barraca do Pepê na Barra da Tijuca é outro point bem frequentado. Mas praia boa mesmo é a Prainha, que fica depois do Recreio dos Bandeirantes. Para acessar a praia, que fica em uma enseada, só de carro e se for no final de semana, tem que ir cedo senão a praia lota e o acesso fica fechado. Água limpa, areia clarinha, é um paraíso.

Curtindo a Bossa da Zona Sul:

Ipanema, Leblon, Jardim Botânico, Gávea, Lagoa, todos esses bairros têm muito a oferecer para quem gosta de caminhar pelas ruas arborizadas, descobrir restaurantes e bistrôs, conhecer a moda carioca, sentar em um boteco ou café e apreciar o vai e vém das pessoas. Seguem alguns lugares que eu costumo frequentar e que valem a pena conhecer:

A rua Barão da Torre em Ipanema tem várias opções convidativas para um almoço ou jantar. Recém inaugurado o Cavist Vinoteca e Bistrô tem mesas no terraço com vista para a praça em frente e uma ótima variedade de vinhos para acompanhar o menu. Ali ao lado o Bazzar tem um cardápio apetitoso e, ali pertinho na Rua João Angélica, fica o charmoso Zazá Bistrô (este só abre para o jantar).

Na Visconde de Pirajá, pertinho do Mar Ipanema Hotel, fica o Market, um bom pit stop para as comprinhas naquela região que é recheada de galerias e lojas com boas opções de marcas cariocas e mineiras, como a Tóten, Bumbum, Lenny, Farm, Skunk, entre outras, além da charmosa livraria A Travessa onde há uma filial do restaurante Bazzar. Quase na divisa com o Leblon, está uma das casas do Gula Gula em um casarão super agradável e uma opção deliciosa para sair da praia e ir almoçar.

No Leblon, as opções de restaurantes são ainda melhores. O Nan Thai (foto) traz um cardápio tailandês delicioso e abre para o almoço (Rua Rainha Guilhermina), nestas quadras da Av. Ataúlfo de Paiva há outras opções igualmente deliciosas como o empório Garcia e Rodrigues para um lanche, sobremesa ou salada, o Frontera é um bom restaurante buffet e a Casa do Alemão, ótima opção para um lanche, também estão a poucas quadras. Super movimentado no café da manhã o Talha Capixaba é uma tentação para aqueles em dieta com tantas delícias nas vitrines desta padaria cool do bairro. Mas, se você procura restaurantes mais sofisticados, ande uma quadra e na Dias Ferreira você encontrará o Quadrucci, o Carlotta, o Sushi Leblon, além da novidade do momento que é o CT Boucherie, do Troisgros, onde você escolhe a carne e o rodízio é dos acompanhamentos.

Nesta região também são muitas as opções para um happy hour carioca, nas quadras próximo à praia estão o Veloso, o Devassa, na Ataúfo o movimentado Jobi e as pizzarias Guanabara e Diagonal, na Dias Ferreira o Embalo, entre tantos outros.


Outras duas casas premiadas do Claude Troisgros e que ficam no Jardim Botânico, o 66 Bistrô (no almoço é um buffet e o jantar é melhor) e o sofisticado Olympe com uma culinária francesa onde ingredientes brasileiros são utilizados com maestria. São poucas as mesas, então é melhor reservar. Nesta mesma região, o Parque Lage  (foto) além de valer uma visita tem um brunch  das 9 às 13hrs aos sábados, domingos e feriados no Café du Lage (21 2226 8125) que é uma ótima opção para substituir a praia em caso de tempo nublado.

Para badalar, na própria Barão da Torre tem o Boox, onde após jantar no andar de baixo você pode subir e conferir um ambiente balada com lounge. Outras boas opções para sair a noite, o bar Londra no Hotel Fasano no Arpoador tem um ambiente transado e um público seleto. Dá para ir mais cedo e conferir o cardápio de petiscos. O Bar do Copa, no Copacabana Palace é uma ótima pedida para você conferir esse hotel ícone da cidade. Fica na área da piscina e rola DJ a noite. Se a opção é uma night mesmo, a Melt (http://www.meltbar.com/) no Baixo Leblon (rua Rita Ludolf) tem no andar de baixo um amplo lounge e no superior uma pista com as baladas comerciais do momento. Caso queira conferir uma noite carioca mesmo, recomendo o Rio Scenarium na Lapa, com vários ambientes e um público variado onde toca desde gafieira até eletrônica. Ouvi falar muito bem também do Zozô na Urca, onde após o horário de jantar rola uma baladinha.


Divirta-se!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mendoza, a cidade das vinícolas


Sou uma apreciadora de vinhos e, como não podia deixar de ser, uni uma viagem de ski ao prazer de visitar a belíssima região de Mendoza, na Argentina, com suas vinícolas premiadas e charmosas.

Tenho de avisar que há uma época certa para visitar essa cidade, que fica aos pés da Cordilheira dos Andes, mas à beira de uma área desértica com temperaturas altíssimas no verão.

Por isso, a minha dica é ir no final do verão se quiser ver as parreiras cobertas de folhas e cachos (époda de vindima) que é fevereiro e março, ou, se a preferência for por aliar um ski nas redondezas e o vinho tinto à beira da lareira, ir no inverno-primavera (agosto e setembro).

Na preparação da minha viagem, descobri uma sugestão de roteiros por vinícolas na região e pude aproveitar essas informações no meu roteiro. Por isso, faço aqui uma reprodução de 3 dias pela cidade e região.

Chegando lá:

Os vôos para Mendoza partem de Buenos Aires, do Aeroparque, e duram em média 1,5hs. As Aerolínes Argentinas têm vôos regulares para lá, então dá para chegar em Buenos Aires e já pegar o ônibus que liga ambos aeroportos (Ezeiza) e fazer a conexão para Mendoza.

Hospedagem:

Já que você está indo para conhecer as vinícolas, a minha sugestão é que já fique na região de Chacras de Coria que circunda a cidade, em uma das belas pousadas rurais que estão próximas às vinícolas. Eu me hospedei na Lares de Chacras (foto)ttp://www.laresdechacras.com.ar/), que pertence à rede Rusticae de pousadas de charme e posso dizer que as instalações e serviços foram exceletentes. Outra opção nesta região e um pouco mais econômica é a Posada Borravino (http://www.posadaborravino.com/). O Casa Margot (http://www.casamargot.com.ar/) fica em uma Bodega e sua proposta é ser um hotel champagnerie. Inaugurado em 2008, eu não tive a oportunidade de conhecer mas os reviews no tripadviser são muito bons.

Para outras opções charmosas na região dos vinhedos, consulte: http://www.vinesofmendoza.com/mendoza-travel/where-to-stay

Se deslocando por lá:

A minha sugestão é que você alugue um carro para percorrer os caminos del vino sem pressa e conforme o seu interesse, o que não dá para fazer em uma excursão. Algumas pousadas, como a Lares de Chacras, possuem bicicletas para um percurso nas vinícolas mais próximas, o que eu recomendo fazer em um dos dias.

Para alugar o carro, sugiro a Via Rent a Car (http://www.viarentacar.com.ar/). Compre na locadora o mapa da região com o roteiro das vinícolas (ou veja se há a opção deste mapa no GPS).

Roteiro dos Vinhos:



Não esqueça de pedir à repceção da sua pousada ou hotel para ligar para as Vinícolas escolhidas e reservar os horários de visitas e de refeições (almoço ou jantar). Em todas elas você paga uma taxa relativamente barata (em torno de USD 15,00 p/p), o que dá direito à visita e degustação de vinhos.

Acesse esse interessante guia, que utilizei para fazer o meu roteiro, e dá todas as dicas e sugere uma seleção de melhores bodegas para visitar também - http://www.vinesofargentina.com/sites/default/files/vines/IG%20January%202010.pdf

Primeiro Dia - Chacras de Coria / Luján de Cuyo


Se quiser fazer o tour de bicicleta, as vinícolas ficam a poucos kilômetros das pousadas e o passeio é bem gostoso. Caso contrário, pegue o mapa que você comprou na locadora de carro e siga as direções. Nós nos perdemos bem pouco nas estradinhas de terra.

Comece o passeio visitando a Bodega Nieto Senentiner (http://www.nietosenetiner.com.ar/), uma das mais antigas da região e que possui uma linha premium de Malbec, Dom Nicanor, que vale a pena degustar. Esta vinícola de origem espanhola já exporta há bastante tempo para o Brasil.



Depois, dirija-se a vinícola boutique, com vinhos em alta conta nas melhores cartas de vinhos do país, a Bodega Vistalba de Carlos Pulenta (http://www.carlospulentawines.com/). Com uma arquitetura super transada, além do bistrô La Bourgogne que é espetacular e vale a pena almoçar ou jantar (não esqueça de reservar). Aqui, a sala de degustação fica no subsolo da Cave (foto) onde é possível conferir in loco o premiado terroir desta bodega. Vale a pena comprar alguns exemplares aqui. Esta Vinícola também tem um lodge, a La Posada, com quartos chiquérrimos caso queira se hospedar aqui.

Outra vinícola que vale a visita pela alta qualidade dos vinhos, como o Alta Vista Premium, é a Bodega Alta Vista (http://www.altavistawines.com/P, também familiar e muito antiga, com influência do método francês, e que faz parte da seleta lista de Highly Rated Wineries de Mendoza.

Para o final de tarde, com a vista linda do sol batendo nos picos da Cordilheira dos Andes, a minha recomendação é que  você vá degustar um espumante na varanda da sua pousada, acompanhada de frios e frutas secas da região que você pode comprar em algumas das bodegas do centrinho de Chacras de Coria.

Para jantar, essa região conta com boas opções como o El Patio para um parrillada, o Mar & Montanha, um bistrô ali em Chacras também ou, se quiser dar uma volta em Mendoza, há o Allure com uma cozinha de autor, o Mi Casa ou o italiano mais refinado Francesco.

Segundo Dia - Maipú

Esta outra região vinícola de Mendoza fica bem próxima da sua hospedagem em Chacras de Coria. Aqui não dá para ir de bike, principalmente porque a minha sugestão de almoço vai deixar você de pernas bambas de tanta variedade de vinho e pratos no menu.

Comece a sua visita por uma das  Historical Wineries  of Mendoza, a La Rural (www.larural.com/), com um museu de utensílios de fabricação de vinho do Séc. XIX e degustação sem custo.

A seguir, dirija-se para uma experiência enogastronômica inesquecível na Família Zuccardi (www.familiazuccardi.com/). Aqui um delicioso bistrô envidraçado no meio dos parrerais irá brindá-lo com uma seleção especial de pratos harmonizados com todos os vinhos produzidos nesta vinícola. Faça a sua refeição com calma, saboreando cada detalhe deste lugar e, depois, sente-se em um dos bancos sob o bosque para degustar um providencial café para pegar a estrada novamente.

Se sobrar disposição, volte a Lujan de Cuyo para visitar outras vinícolas boutique charmosas e com vinhos reconhecidos como a Catena Zapata (ww.catenawines.com) ou a Pulenta Estate (http://www.pulentaestate.com/).


Terceiro Dia - Uco Valley

Esta área fica um pouco mais distante, você terá de pegar uma das Rutas, mas posso garantir que o caminho todo é muito lindo, ladeando as cordilheiras e permitindo uma belíssima visão. Aqui, ficam algumas das melhores e mais premiadas vinícolas de Mendoza. Se achar interessante pernoitar, há boas opções próximo a Tupungato ou nas próprios vinícolas, como a Salentein (foto).



Como você irá demorar um pouco para chegar a região de Uco Valley, a minha sugestão é começar a visitação da moderna e belíssima Salentein (http://www.bodegasalentein.com/), reservando o almoço no restaurante contemporâneo Killka, que é todo envidraçado e com uma bela vista dos picos nevados.

Esta é a visita mais "profissional", com um grande auditório para um vídeo institucional, uma loja bem equipada de vinhos e outros itens, além da belíssima adega e área de fermentação dos vinhos (foto). A construção toda é muito bonita e vale a pena visitar com calma essa Bodega.
A seguir, a minha sugestão é que você conheça a vinícola de um dos enólogos mais renomados da atualidade, o francês François Lurton (http://www.jflurton.com/), que juntamente com seu irmão montou esta vinícola que utiliza uma técnica inovadora de congelamento das uvas para extrair o melhor sabor destas.

Nesta região há outras boas vinícolas para visitar, mas sinceramente, acho que no final do terceiro dia você irá curtir mais voltar mais cedo para a charmosa pousada que escolheu e aproveitar as suas instalações ou dar um pulo em Mendoza para um passeio no Pieton (calçadão com lojas e cafés) ou no Parque San Martin, com seu delicioso lago e bosques que mostram como o planejamento urbano permitiu a esta cidade no meio do deserto ter suas calles arborizadas e um verdadeiro oásis construído pelas gerações passadas.



Mais detalhes e dicas para organizar a sua visita, no site www.vinesofargentina.com/sites/default/files/vines/IG%20January%202010.pdf e http://www.mendoza.com.ar/.

domingo, 2 de outubro de 2011

Brigadeiro de Chocolate Belga e Crocante de Pistache

O chocolate belga é hoje reconhecido como um dos melhores do mundo. Eu tenho de confessar que apesar do francês Valrhona ter o título do melhor, os pralinés belgas são uma tentação até para quem não é um chocólatra assumido, como eu. Por isto, para ilustrar o post de Brugges (http://www.viagemcomgosto.blogspot.com.br/2011/09/brugges-veneza-belga.html), não poderia escolher outro ingrediente que mais refletisse o sabor desta viagem.

O cacau, utilizado inicialmente em uma bebida nobre pelos Astecas no México, chegou à Europa com as expedições de Colombo à América Central e, depois da adição de açúcar à mistura, rapidamente se espalhou pelos países mesmo após a tentativa da aristocracia espanhola tentar manter sua receita em segredo. Desde então, cada lugar criou seu jeito particular de produzir a receita do chocolate.

Na Bélgica, o cacau de alta qualidade foi utilizado na confecção de Pralinés (bombons) com nozes, recheios licorosos, cremosos e com diferentes tipos de chocolate. Esses pralinés feitos artesanalmente ganharam o paladar do público e promoveram os artesãos à chocolatiers. Hoje, são conhecidas mundialmente marcas como a Guylian, Leonidas, Godiva e Neuhaus. Alguns chocolates, ganharam o status de "gourmet" como o de Pierre Marcolini.

Quando estive no país, os belgas me indicaram o Leonidas como sendo uma ótima marca, sem os custos exorbitantes do Godiva. Mas eram tantas as lojas estilosas que exibiam as pralinés como jóias na vitrine, que certamente há muitas outras ótimas opções para conhecer e degustar.

Como não cabe aqui uma receita de bombom, já que poucos possuem a habilidade necessária para reproduzir essas pequenas e delicadas jóias saborosas (eu inclusive), fui buscar uma receita que todo mundo sabe fazer desde criança, mas com o toque especial do chocolate belga - Brigadeiro de Chocolate Belga com Crocante de Pistache (tinha que ter um toque gourmet, claro).

Facílimo, rápido de fazer, você só precisa descobrir onde encontrar o chocolate belga que usará na massa (eu conto onde, entregam por sedex na sua casa). Se você ainda não provou essa delícia, mãos à massa!

Brigadeiro de Chocolate Belga com Crocante de Pistache

Ingredientes para a Massa

02 latas de leite condensado
1 col de manteiga
500 grs de chocolate belga picado no seu sabor predileto (amargo, ao leite ou gianduia)

O chocolate, você encontra a tradicional marca Callebaut utilizada em patisserie na loja online Central do Sabor (www.centraldosabor.com.br/loja) em barras de 5kg a partir de R$127,00. Tem nos sabores amargo (meu preferido), ao leite e gianduia (vale a pena provar este). Eles entregam em todo Brasil via Correios.

Modo de preparo: igual ao do brigadeiro comum, coloque os ingredientes em uma panela e leve ao fogo médio mexendo sem parar, até desprender do fundo. Desligue, deixe esfriar um pouco.

Ingredientes para o Crocante

1/2 xícara de chá de pistache picado
1 col. sopa e 1/2 de açúcar
3 col. sopa de água

Modo de preparo: coloque o açúcar e a água na panela e mexa até derreter. Adicione o pistache e mexa até que o açúcar fique branco, abaixe o fogo e caramelize. Deixe esfriar e, se ficar muito grudado, bata sobre uma pedra com o martelinho de carne para que volte a ficar picado.

Montagem: passe cada bolinha de brigadeiro no crocante, como se ele fosse o granulado. Está pronto!
Se quiser variar a apresentação, pode colocar uma porção de brigadeiro em copinhos ou naquelas lindas colheres de louça, salpicando o crocante de pistache por cima.